A construção da relação de gênero no discurso de homens e mulheres, dentro do contexto organizacional
Ano de defesa: | 2003 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Goiás
Departamento em Psicologia BR UCG Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/1924 |
Resumo: | Considerando o crescente aumento da inserção da mulher no mundo do trabalho, realizou-se esta pesquisa com o objetivo de buscar apreender como a relação de gênero é construída no discurso de homens e mulheres dentro do contexto organizacional, bem como analisar as construções ideológicas baseando-se na constituição desses discursos, o papel da cultura organizacional dessas constituições e como as relações de poder se manifestam dentro do contexto organizacional. Tratou-se de um estudo de caso realizado com trabalhadores/as de uma indústria farmacêutica, em decorrência de a mesma absorver um grande número de mulheres em seu quadro operacional. Participaram da pesquisa dezesseis empregados, sendo oito (8) do sexo masculino e oito (8) do sexo feminino, distribuídos nos cinco níveis hierárquicos da organização. Quanto aos aspectos metodológicos da pesquisa, os instrumentos utilizados foram documentos institucionais e entrevista semi-estruturada. Para análise dos dados qualitativos, foi utilizada a técnica de análise gráfica do discurso de Lane (1985). As análises dos dados apontaram para o fato de que, apesar da existência da legislação garantindo igualdade no tratamento para ambos os sexos no mundo do trabalho, a segmentação dos postos de trabalho na organização exprime desigualdades nas relações de gênero e constrói guetos femininos de ocupações, sem nenhuma visibilidade no que diz respeito ao se pensar estrategicamente a organização ou à participação no processo decisório. Assim, as relações de poder são caracterizadas por relações assimétricas. O que se percebe é uma cultura baseada em princípios machistas, em que o discurso é construído em cima da naturalização das diferenças biológicas, o que resulta em discriminação da mulher. Pôde-se perceber que na organização ainda se utilizam formas de constrangimento, tais como o assédio, como um caminho para a ascensão profissional do sexo feminino. |