"Felizes vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus": perspectiva histórico-social e escatológica de Lucas 6,20
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Teologia Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4664 |
Resumo: | Esta pesquisa objetiva abordar a impetuosidade da classe dos ricos contra os pobres, entendida como uma construção sócio-histórica que está apoiada no amor das pessoas às riquezas e bens existentes do século I, especificadamente no contexto religioso do Novo Testamento, conforme registrado em Lucas 6,20. É possível ver como a teologia da salvação e da redistribuição surge com o advento messiânico na pessoa do Jesus lucano, no momento em que sua missão é estabelecida na Palestina. Através de seus ensinos, em especial, o Sermão da Planície, institui as boas novas do Reino de Deus que propõe a inversão da antiga forma de se viver, inclinando-se, portanto, a uma nova ética proposta pela redistribuição igualitária dos bens e riqueza aos pobres, e visa o amparo, a hospitalidade e o cuidado dos que estão na tristeza, na fome e na angustia, por conta da perda de seus parentes, perda de suas propriedades e suas terras, que por sinal, eram produtos imediatos para mantimento próprio e o de seus familiares. Sabendo da dimensão e complexidade da pobreza na comunidade de Lucas, optouse por utilizar o termo ptochós que abrange as pessoas cuja única forma de sobrevivência era a mendicância. As engrenagens político-sociais que contribuíram para o empobrecimento da população encontravam-se nas taxas e juros exorbitantes propostos pelas autoridades romanas. Com o surgimento e a práxis do movimento de Jesus, houve a possibilidade de transformação das situações, aparentemente repletas de desesperança. Por meio da divulgação do ano jubilar, surgem novas perspectivas geradoras de esperança, liberdade e dignidade às pessoas vítimas das marginalizações, explorações, escravizações e opressões dos que estavam no poder |