PROTAGONISMO E RESISTÊNCIA DE MULHERES NO DISCURSO DE PAULO EM 1 CORÍNTIOS 11 E 14

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: MATOS, KEILA CARVALHO DE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Teologia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3901
Resumo: Propõe-se nesta pesquisa a um diálogo entre Lingüística e Teologia, Ciências da Religião que utilizam métodos interpretativos em suas análises textuais. Por meio da análise do discurso e da exegese feminista, investiga-se as perícopes 1 Cor 11, 2-16 e 1Cor 14, 33b-35 para esclarecer o que Paulo quis transmitir nas suas cartas em se tratando de questões de usos e costumes e ministério de mulheres, respectivamente. O intuito principal foi resgatar vozes de mulheres nos seus processos de protagonismo e resistência em Corinto no I século. A dissertação foi dividida em três capítulos. No primeiro, é exposta a fundamentação teórica, valendose de uma (e)fusão de conceitos utilizados pelas duas ciências na história interpretativa de textos, dialogismo e polifonia, da Lingüística, exegese, hermenêutica feminista e fundamentalismo, da Teologia, abordando ainda como embasamento os conceitos de gênero, cultura, símbolo e ideologia, segundo a Antropologia e a Sociologia. No segundo, apresenta-se um breve relato sobre Paulo, Corinto e a situação da mulher no I século para averiguar o contexto em que foram escritas as perícopes em estudo. No terceiro, desenvolve-se a exegese e a análise dos textos, investigando fatores intratextuais, intertextuais e extratextuais, mediante uma desconstrução e (re)leitura, considerando textos bíblicos neotestamentários e também fontes extrabíblicas, com comentários sobre o estado da questão de cada perícope. Apresentamos ainda a leitura que algumas igrejas fazem dos textos levando em conta ou desconsiderando o seu contexto. Na conclusão, encerra-se por ora a discussão argumentando que 1 Cor 11, 2-16 e 1 Cor 14, 33b-35 são lingüisticamente contraditórios e teologicamente circunstanciais e não normativos.