HISTÓRIA DE VIDA E SITUAÇÃO DE SAÚDE NO AMBIENTE PRISIONAL DE GOIÁS: ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE HEPATITE C EM DETENTOS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Gonçalves, Kérlita Kyarely
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HCV
PCR
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3082
Resumo: A hepatite C (HCV) é considerada um importante problema de saúde pública, afetando milhões de pessoas em todo o mundo; é a causa mais freqüente de evolução crônica resultando em graves seqüelas a longo prazo. Na atualidade, os detentos são considerados um importante grupo de risco para doenças como a hepatite C, devido às condições de confinamento, marginalização social, dependência de drogas, baixo nível sócio-econômico e precárias condições de assistência médica nesse ambiente. Este estudo teve por objetivo identificar a prevalência de hepatite C na população masculina de detentos em regime fechado de um complexo prisional de Goiás, buscando detectar a relação entre o ambiente prisional e fatores sociais que possam contribuir para o comportamento de risco de tal população. No período de fevereiro a setembro de 2004, um universo de 270 detentos, responderam uma ficha cadastro/formulário contendo informações sócio-econômicas e comportamentais; depois eles passaram por exames para a detecção de anticorpos anti-HCV. A população carcerária da Agência Prisional de Goiás se caracteriza, principalmente, por detentos brancos variando em idade de 21 a 30 anos, casados/amasiados, que estudaram por até 4 anos e recebiam antes da prisão em média 1 salário mínimo mensalmente. Foi encontrada uma prevalência de 14,8% de detentos com anticorpos anti-HCV e 17,5% destes apresentaram coinfecção HCV-HIV. Os fatores de risco estatisticamente significantes observados foram: a idade maior ou igual a 31 anos; o uso de drogas, injetáveis ou não; tatuagem; prática de sexo com usuário(a) de drogas e a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis. Esses resultados sugerem a importância do estabelecimento de programas de saúde contínuos a fim de possibilitar medidas de controle e prevenção dessa infecção no ambiente prisional.