Da alienação à consciência : um estudo sobre a interface religião, prisão e trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lopes, Antônio César Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidades
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4577
Resumo: O objetivo desta escrita de Tese é analisar Da alienação à consciência: um estudo sobre a interface religião, prisão e trabalho enquanto objeto e conceitos de estudos umbilicalmente ligados à condição humano-existencial atada às questões concretas, abstratas do mundo dialético em caos. Demonstrar através de pesquisa bibliográfica nuances da coletividade tramada a relações paradigmáticas, amalgamadas às desigualdades e injustiças sociais, resultadas e resultantes do modo de produção capitalista, a desembocar na arena da crença, da penalização, da alienação do trabalhador ao labor diário. No primeiro momento, trazer à tona da discussão a Religião enquanto ilusão alicerçada no limiar da crença/desespero, sagrado/profano, identidade/ mercado. A partir da conceituação da devoção, sentido, possessão, secularização, intolerância revelar fatores interligados à interação humana cimentada nas promessas e certezas postas, advindas do plano da divindade que leva à vida eterna, por outro lado, inferir sobre a realidade determinada na certeza da morte. Num segundo tomo, aprofundar científicamente o cotidiano da arena panóptica, caracterizada na instituição Prisão, sistema de coação e manipulação da dignidade humana, locus no qual o sujeito perde a individualidade e direitos enquanto cidadão. Inquirir sobre a possibilidade de ressocialização ou reificação do trabalhador em meio à loucura instalada naquele ambiente sombrio a dar vazão à irrazão moderna retratada no "aparelho judiciário a extrair forças e treinar corpos" (FOUCAULT, 2014) cuja gênese se dá na passagem do século XVIII para os anos 1800. Numa terceira arguição da leitura o plano da luta pela sobrevivência, caracterizado na categoria Trabalho, com meta em demonstrar a capacidade humana transformadora do próprio homem ao passo da exploração, expropriação e desenrolar do metabolismo social, realidade relacionada aos recursos naturais, ao ser humano (o outro). Esse que é um processo dinâmico, o modificar algo na natureza, desta vez, para-além da subsistência, quando a vida "imprudentemente abandonada" (BAUMAN, 1998) alcança o status concorrencial da Era e dia a dia digital, cujo fluxo caracteriza, de acordo com Hobsbawm, um tempo "pós-tudo". Por fim, indagar se há salvação, em que campo e tempo da vida humana ela ocorre. Se por meio da ilusão que fomenta a abstração ou na realidade concreta que afasta o homem da religião, fenômeno trespassado pela luta diária da sobrevivência. Tese que infere no terreno da crença, da cadeia, do labor, da política, do direito, do consumo, da alienação humana aprofundada na condição social do trabalhador submetido à base da pirâmide social, quadro conjuntural que retrata a conjuntura capitalista, realidade sociopolítica resultada da convivência coletiva tramada a democracia plena, no assegurar dos direitos, pelas vias da liberdade, através da interação, respeito. Ou, enquanto processo dialético, a sua negação