A PERCEPÇÃO DOS MORADORES DA HISTÓRICA CIDADE DE PIRENÓPOLIS ACERCA DO TURISMO NUMA PERSPECTIVA ETNOGRÁFICA.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Craveiro, Fernanda Alvarenga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Gestão e Negócios::Curso de Ciências Econômicas
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Gestão do Patrimônio Cultural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4573
Resumo: Essa dissertação versa sobre a percepção dos moradores da histórica cidade de Pirenópolis acerca do turismo numa perspectiva etnográfica. Para o desenvolvimento da pesquisa contamos com uma metodologia antropológica, qual seja a etnografia, que nos possibilitou narrar outras narrações, ao interpretar como os moradores percebem o turismo em sua ambivalência e com ele convivem. A relação tríplice entre cultura, patrimônio e turismo, configurou-se no fio condutor das discussões, por entendermos que a cultura e o patrimônio são sustentáculos do turismo e que dele recebem interferência, impactando, de forma ambivalente, o espaço, o lugar e a paisagem. Nessa pesquisa, entendemos a paisagem como um palimpsesto escrito no tempo e no espaço, que também se constitui como uma das essências do turismo porque é um espaço de referências múltiplas. Com os resultados da pesquisa, constatamos a presença de uma inversão de valores acerca do patrimônio de Pirenópolis: a dimensão cultural é sobreposta pela comercial e mercadológica e, isso interfere na cultura local. Contudo, o patrimônio cultural em sua riqueza simbólica imprime sua marca na identidade e na memória. Avaliamos que, inexoravelmente, as exigências do comércio, do mercado e do turismo, somente, podem ser satisfeitas se fundadas na cultura. É fato que se a cultura não for considerada, o movimento turístico não se consolida. Concluímos que, em sua ambivalência, o turismo faz morada em Pirenópolis e, ao mesmo tempo, contribui com a existência da cidade. Promove-lhe benefícios inestimáveis e sustenta o sentimento de pertença de seus moradores. Em Pirenópolis, o turismo ainda não é avassalador, mas pode vir a ser, caso o poder econômico, em sua prática, prevaleça sobre o valor cultural.