A participação da Igreja Católica em Goiás na transferência da capital federal do Brasil
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Teologia Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4628 |
Resumo: | or razões geopolíticas, desde o período histórico do Brasil império houve a expectativa para transferir a Capital Federal da região litorânea ao planalto central brasileiro. Com a instauração do regime republicano, o que era expectativa se tornou disposição legal nas constituições brasileiras. Para isso, diversas comissões técnicas foram designadas por sucessivos governos, para estabelecer a localização geográfica do novo território ao Distrito Federal. Dentre as várias disputas políticas regionais para obter a construção de Brasília, sobressaiu-se o protagonismo goiano e seus diversos sujeitos históricos. Foi neste contexto que a Igreja católica, em Goiás, assumiu a liderança política para persuadir à transferência da Capital Federal. Para isso, tanto forneceu o seu discurso teológico-político quanto atuou por meio dos membros de sua hierarquia eclesiástica local. Sua concepção eclesiológica de Cristandade restauracionista e militante lhe fornecia a justificação para participar politicamente na disputa pela conquista da nova Capital Federal. Em seu favor, havia a receptividade de um imaginário cristão no Brasil, a narrativa onírica de dom Bosco, o fenômeno religioso milenarista e as ocorrências miraculosas; ainda, estava circunstanciada pelo imenso interior sertanejo do país, sob crescente onda migratória para o oeste brasileiro, com baixa densidade populacional, atraso socioeconômico e vastas extensões de terra agricultável. Devido à intensa participação da Igreja católica em Goiás pela transferência da Capital Federal ao Planalto Central, lhe foi possível interferir na concepção do Plano piloto de construção de Brasília, inserir-se no espaço urbano da nova cidade, assegurar sua presença pública no centro dos poderes do país, restaurar sua importância política no Estado laico-republicano. Uma vez instalada na Capital Federal, nos anos seguintes à inauguração de Brasília, a Igreja católica passa por uma profunda transformação conciliar, supera a sua concepção de Cristandade e estabelece uma relação inédita com o Estado |