Traços da modernidade e do modernismo brasileiro nos poemas de Cora Coralina

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Silva, Glauciane Rodrigues da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras; Brasil; PUC Goiás; Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
• Palavras-chave em Português: Cora Coralina. Poesia. Modernidade. Modernismo. Ínfimo; Cora Coralina. Poetry. Modernity. Modernism. Tiny; Linguística, Letras e Artes: Letras
• Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4656

O estudo que ora se apresenta é o resultado da pesquisa de cunho bibliográfico sobre a poesia de Cora Coralina desenvolvida no Mestrado em Letras da PUC Goiás. A proposta é de identificar quais são os traços característicos nos poemas coralineanos que se interrelacionam com a poética de autores outrora consagrados como poetas da modernidade, tais como Charles Baudelaire e Arthur Rimbaud. Pretende-se, ainda, reconhecer quais são os pontos de aproximação entre a escrita da poetisa goiana com poetas brasileiros filiados ao Modernismo brasileiro. As referências bibliográficas que fundamentam o estudo concentram-se em autores como Alfonso Berardinelli (2007), Davi Arrigucci Júnior (1990), Hugo Friedrich (1978), Marshall Berman (2007) e Walter Benjamin (2000). A partir dos conceitos apresentados pelos autores destacados, pode-se observar que a poesia coralineana apresenta características do Movimento Modernista, mesmo a autora não se filiando a nenhum movimento literário. É o que se comprova a partir das semelhanças, tanto no aspecto da linguagem, quanto nas escolhas temáticas, em poetas integrantes do Movimento Modernista Brasileiro, como Mário de Andrade e Manuel Bandeira. Nos poemas, "Todas as vidas" e "Coisas de Goiás: Maria", selecionados para análise e investigação das hipóteses suscitadas, Cora Coralina aborda como temática a voz de mulheres simples, não reconhecidas em uma sociedade machista, a Cidade de Goiás, em que a poetisa viveu. A exemplo dessas mulheres que Cora buscava para expressar suas agruras em relação à condição humana, também captava outras figuras que estavam à margem da sociedade, colocando-as no melhor lugar de contemplação em seus versos