AVALIAÇÃO DA DENSIDADE DE MASTÓCITOS EM TECIDO GENGIVAL DE PACIENTES SOB TERAPIA COM NIFEDIPINA: POSSÍVEL RELAÇÃO DESTAS CÉLULAS COM A ANGIOGÊNESE E COM A COLAGENIZAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Castro, Annelise Carrilho Corrêa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3067
Resumo: A nifedipina é uma diidropiridina amplamente utilizada no tratamento antihipertensivo devido à sua ação vasodilatadora, especialmente, por bloquear o influxo de cálcio. Entretanto, o uso crônico deste bloqueador dos canais de cálcio está associado ao aumento da mucosa gengival, gerando problemas estéticos, fonéticos e mastigatórios. Os dados da literatura não são unânimes em sugerir que a nifedipina possa resultar na alteração da densidade celular do tecido gengival. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a densidade de mastócitos e sua relação com os processos de colagenização e vascularização no tecido gengival sob efeito da nifedipina. Para este fim, foram utilizadas 14 amostras de tecido gengival de pacientes usuários de nifedipina. Para fins comparativos, foram utilizadas 15 amostras de tecido gengival de indivíduos saudáveis. As amostras foram avaliadas no departamento de Patologia Bucal da Universidade Federal de Goiás. A análise histoquímica do grau de colagenização foi realizada por meio da coloração de picrosirius. Para a avaliação da densidade de mastócitos, foi realizado um estudo quantitativo destas células a partir da técnica imunoistoquímica com marcação pelo anticorpo anti-triptase. A mensuração da densidade de vasos sangüíneos foi avaliada através de técnica imunoistoquímica com marcação pelo anticorpo anti-CD 31. Os resultados revelaram que os pacientes usuários de nifedipina apresentavam um aumento estatisticamente significante do número de MCs-triptase+, quando comparados ao grupo controle (Mann-Whitney, P=0,02). No entanto, não houve correlação entre a densidade de vasos e a densidade de mastócitos (Teste de Pearson, P=0,3), assim como não houve correlação entre o grau de colagenização e a densidade de mastócitos (Teste de Spearman, P=0,6). Também não foi observada correlação entre a densidade de MCs e a dose e/ou duração da terapia com nifedipina (Teste de Pearson, P=0,2 e P=0,7, respectivamente). As alterações microscópicas observadas no tecido conjuntivo de pacientes usuários de nifedipina sugerem que esta medicação está relacionada às alterações na densidade dos MCs-triptase+.