ROMARIAS: UM ESPAÇO DE INTERAÇÃO ENTRE A TRADIÇÃO E A MODERNIDADE
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/812 |
Resumo: | A pesquisa tem por objeto de estudo as romarias no Brasil, enfatizando as romarias de Aparecida, Juazeiro do Norte e Bom Jesus da Lapa, como espaço de interação entre a tradição e o moderno. Trata-se de uma pesquisa literária, em que, a partir de investigações de outros autores que já se ocuparam com a romaria, buscamos analisar a forma como se inserem os romeiros(as), na e em relação às romarias, mais particularmente, como eles percebem e se posicionam em relação a aspectos típicos da modernidade, como a centralidade do indivíduo, e outros aspectos típicos da tradição, como a busca por comunidade. A tradição é aqui caracterizada pela busca da comunidade pelos romeiros, enquanto a modernidade é caracterizada pela busca de centralidade do indivíduo como sujeito. A busca pela comunidade é verificada pela intensa presença, na romaria, de diferentes momentos e diferentes formas de partilha e de estar juntos que tal fenômeno proporciona. Já a centralidade no indivíduo como sujeito é evidenciada pelas práticas de sacrifício e de pagamentos de promessas que aí se percebe, o que evidencia um indivíduo gerenciador de suas necessidades e de sua relação com o sagrado. Nossa hipótese inicial era de que o/as romeiros/as que frequentam constantemente as romarias, por meio dessa prática religiosa, a veem e a aceitam como um espaço de (re)invenção, ou seja, um espaço de interação entre a tradição e a modernidade, onde suas identidades podem ser (re)construídas. No decorrer da análise, concluimos que a mesma foi confirmada, pois a modernidade se apresenta às pessoas como um modo de vida centrado no indivíduo. Dessa forma, o desafio que se coloca aos referidos sujeitos é o desejo de não perder os ganhos trazidos pela modernidade e pela centralidade na individualização, como a própria possibilidade de se verem como sujeitos. Mas eles também não querem perder a segurança daqueles aspectos constituintes de sua identidade já conhecidos. Daí, afirmamos que as romarias são um espaço de interação entre a tradição e a modernidade. Percebe-se que há um contraste na ressignificação do papel e do perfil do/a romeiro/a nas romarias. Desvendar a realidade em estudo, desmistificando os preconceitos, é um fascínio da reflexão, não para obter respostas conclusivas e absolutas, mas para suscitar novas discussões. |