RESILIÊNCIA FAMILIAR: FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO EM MÃES DE FILHOS COM PARALISIA CEREBRAL.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Cristina Maria Brilhante da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1825
Resumo: Resiliência pode ser compreendida como um processo dinâmico envolvendo uma adaptação positiva frente às circunstâncias de adversidade significativa. Entretanto, quando se trata de famílias que têm filhos com paralisia cerebral, o seu processo de resiliência é uma realidade presente nas mães entrevistadas nessa pesquisa. No entanto, o fenômeno da resiliência familiar é um contexto que requer investigações do ponto de vista conceitual e metodológico. Este trabalho apresenta e discute os enfrentamentos, possibilidades e adversidades presentes no círculo familiar. Tomou-se como base a noção de resiliência aplicada na Psicologia. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar as estratégias de resiliência em seis mães de filhos com paralisia cerebral em meio há inúmeros fatores de risco. Para isso, empregou-se pesquisa qualitativa, de modo que se utilizou a pesquisa-ação como intervenção, e a coleta de dados teve como instrumento a técnica de grupo focal, sendo realizado na APAE de Anápolis- GO. O desenvolvimento foi pautado nos pressupostos teóricos do fenômeno da resiliência familiar fundamentado nos estudos das crenças familiares de Walsh (2005). No percurso da investigação obteve-se uma tabela sistemática do processo de resiliência em mães, que fornecem setas indicadoras para estratégia de superação para outras mães em condições similares. Dessas tabelas, se elaborou gráficos ilustrativos que permitiram apresentar um panorama geral dos discursos das participantes levantados no grupo focal. Também possibilitaram visualizar a trajetória comum das mães de modo eficaz e positivo. Em termos gerais, os dados obtidos enfatizaram as estratégias de enfrentamento, as crenças expressadas, das quais as mais apresentadas foram: senso de coerência e significado; fé em si e em Deus; iniciativa ativa e responsabilidade compartilhada. Como também, as ações empreendidas que se deram por meio da busca de tratamentos especializados para pessoa com paralisia cerebral; ainda verificou-se a procura de direitos e benefícios; o ingresso do filho na instituição da APAE e o solicitar ajuda à vizinhança. Além disso, foram detectados os fatores de proteção apontados como: APAE; PSF; amigos e vizinhança. Embora os resultados apresentados, ainda temos outros, tais como: natureza de interação que enfocou os suportes: emocional, material, de informação e de avaliação. E por fim, os demais resultados apresentados foram: admissão do BPC, ingresso do filho na APAE, a vizinhança passa ajudar e aquisição de atendimentos especializados. Conclui-se que a resiliência familiar é real e tem muito a contribuir e ensinar não apenas às famílias com pessoa com deficiência, mas qualquer família que passa por conflito seja qual for sua natureza. Portanto, os resultados despertaram a noção de que os grupos focais cumprem um papel de indicador de proteção na manifestação de resiliência familiar (APÊNDICE I).