A escritura bonassiana em Passaporte e suas relações com o cinema e o interlocutor
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3642 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo realizar um estudo sobre as interfaces que se estabe- lecem entre Passaporte, obra literária de Fernando Bonassi, e o cinema e, também, suas correlações com o interlocutor. Tal qual uma câmera cinematográfica, as ima- gens elaboradas, neste texto, captam um campo de visão específico, não um conti- nuum espacial, mas fragmentos que registram uma porção limitada da realidade, eleita pelo escritor, o que determina uma forma particular de recepção do texto, ou seja, a interpretação instaura-se entre o efeito, que é o momento condicionado pela obra, e a recepção, que é o momento estabelecido pelo destinatário, que é solicitado a participar ativamente da constituição do sentido do texto. A partir do fim do século XIX, o centro de gravidade do objeto figurativizado, pela literatura e pelo cinema, se deslocou, da realidade externa para o imaginário do es- pectador e do leitor, tornando-os, efetivamente, participantes da criação artística, e isto está presente na obra em exame. Será levado a efeito, também, o estudo da significância textual, que se refere à ins- tauração do sentido que a linguagem dissimula na escrita ficcional, que pressupõe uma instância de prazer e angústia, resultante da promessa significativa daquilo que a obra literária oculta sob sua sombra. Será, ainda, objeto de reflexão o estudo das imagens metafóricas, especialmente as correlações destas com os não-lugares, que são espaços que grupos humanos ocupam, sem se identificar e sem estabelecer laços de convivência com eles. Esses espaços, constituídos pelo mundo massifica- do, são característicos da época contemporânea, como shoppings centers, aeropor- tos, consultórios médicos, que constituem a sobremodernidade e estão muito pre- sentes na obra em exame, constituindo uma das marcas de seu modelo construtivo, o que lhe dá uma conotação especial de atualidade. |