REPETIÇÃO E SINGULARIDADE EM KALAHARI (LUIS SERGUILHA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Deus, Deise Araújo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3660
Resumo: O presente trabalho tem por objeto analisar a obra Kalahari, do poeta português Luis Serguilha, observando aspectos relacionados à repetição e à singularidade como parte da performance autopoiética; sabendo que a obra se situa numa zona de deslimites do pósmoderno ou contemporâneo, buscamos examinar os procedimentos de composição literária e da escritura que a tornam uma máquina de guerra nos dizeres deleuze-guattarianos. A obra contemporânea é rizomática, máquina desejante, corpo sem órgãos, desterritorialidade em fluxo. Como pressupostos dessa máquina, temos o descentramento, a dessubjetividade, a desreferencialização e o nonsense. Nela, nada mais nos prenderá às malhas do significado ou significante. Saberes somente aqueles que mobilizem os afectos e que fazem vibrar por meio da loucura, do vazio e da animalidade: os signos da arte. A obra de arte aqui é uma instância de singularidade e de repetição; artifício de subjetivações. Singularidade é uma afirmatividade porque é também devir; devir como processo ligado à repetição que descentraliza o ser, por meio de uma síntese disjuntiva, de maneira que não se falará mais em totalidade do ser e da obra, e sim, em totalidades. Não há mais paternidade, nem origem, nem destino porque nela (obra) o signo-arte torna-se um nômade no deserto. Cartografar este nomadismo na autopoiese Kalahari é caminhar como errante, pelo ―fora‖ blanchotiano, sendo desterritorializado e se reterriorializando; tornando-se um excri-leitor para si, para o mundo, para vida.