RELIGIÃO E GÊNERO: O IMAGINÁRIO SOBRE O LUGAR DA MULHER NA IGREJA NEOPENTECOSTAL.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Aragão Filho, Iran Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/831
Resumo: Esta pesquisa objetivou compreender o imaginário sobre o lugar da mulher na igreja neopentecostal. Para tanto, partiu-se do levantamento teórico de autores (as) que trabalham com questões de gênero. Vários autores têm assinalado o surgimento de um fenômeno social: a participação da mulher em cargos de liderança nas esferas públicas, contribuindo para uma nova identidade feminina. Esse fenômeno tem se caracterizado por um processo de transformação do papel da mulher na sociedade, exigindo, assim, uma nova redefinição da feminilidade. Considerou-se que esse processo de transformação encontra resistência vinculada a dois fatores: as ideias patriarcais, profundamente enraizadas na cultura, que dificultam a nova construção do imaginário feminino; o gênero e a sua inserção social dos sujeitos como elementos que intervêm nessa transformação. Para verificação dessas hipóteses, realizou-se um estudo baseado em pesquisa bibliográfica e eletrônica (internet), buscando comparar as diferenças entre a igreja que adota e a que não adota a inclusão da mulher no espaço religioso, e também explicitar a ancoragem dessas representações. Os resultados indicaram a existência de um campo comum em que surge uma representação social estruturada em torno da ideia do homem no poder. Indicaram, ainda, a existência de diferenças entre os gêneros. As mulheres não se apropriam de um discurso próprio, porém, não se considera que seja impossível uma mudança. Os homens, na sua socialização imagética, estão ancorados em discursos machistas, tentando diminuir as contradições existentes na inserção da mulher na liderança religiosa ao lado de seu marido. Confirmou-se, então, que há uma aceitação da mulher como líder no espaço da igreja neopentecostal, porém com algumas ressalvas; que as mulheres continuam a avocar-se o direito natural de mãe, cuidadora nos espaços da igreja; e que o imaginário da mulher na liderança carrega as concepções tradicionais cristãs.