RELIGIÃO E SOROPOSITIVOS PARA O HIV/AIDS: PRECONCEITOS SOBRE DOENÇA E SEXUALIDADE.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/760 |
Resumo: | Nesta tese, analisamos a relação entre a religião e a presença de preconceitos nas concepções de doença, sexualidade e idealização da família, no caso de soropositivos para o HIV/AIDS (SSP/HIV/AIDS - Vírus da Imunodeficiência Humana). Nosso objetivo foi entender quais são as repercussões nas representações e na configuração das famílias em que um dos, ou ambos, cônjuges passam a ser portadores do HIV e que relação há entre essa repercussão e algum possível ideário religioso subjacente às identidades de gênero masculino e feminino, bem como das formas de exercício da sexualidade que tal identidade de gênero comporta. Para verificar tal realidade, optamos por realizar uma pesquisa de campo, do tipo descritivo exploratória, de caráter qualitativo. A pesquisa de campo aconteceu por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas com pessoas soropositivas acolhidas por uma organização não governamental (ONG), em um bairro periférico de Goiânia. A investigação se deu no período de janeiro a setembro de 2011. No decorrer da análise, entendemos que sobre o SPP/HIV/AIDS incide uma longa construção marcadamente preconceituosa a partir das ideias religiosas, sobre duas importantes dimensões da vida humana: a sexualidade e a doença. As (in)formações religiosas, mais particularmente as oriundas da tradição judaicocristã, muito contribuíram enquanto elementos constituintes de tal concepção. O resultado desta construção é que, associado a uma concepção de sexualidade atrelada a uma determinada concepção de morte e vida, o SPP/HIV/AIDS representa um risco iminente, tanto físico quanto moral na sociedade atual. Essa forma de conceituar a doença serviu de pretexto para retirá-la do campo das doenças comuns, transmutando-a para o campo das doenças malignas, onde o SPP/HIV/AIDS é culpabilizado e estigmatizado. Verificamos uma estreita relação entre a experiência de tal estigma e as formas de enfrentamento da situação de soropositividade no espaço familiar. Abordamos, com isso, o fato de que, atualmente, presenciamos múltiplos tipos de família e destacamos a forte presença de preconceitos no que diz respeito à sexualidade e, sobretudo, no que tange à questão da homossexualidade. |