A NOÇÃO DE CIÊNCIA E EDUCAÇÃO NO ESPIRITISMO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Costa, Celma Laurinda Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1241
Resumo: O trabalho A noção de ciência e educação no Espiritismo estuda o Espiritismo, doutrina de teor científico, filosófico e religioso codificada por Allan Kardec no século XIX (Allan Kardec é pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, cientista, pensador e educador francês da linha pestalozziana e seguidor do Catolicismo), apresentando os princípios da doutrina e também analisando a sua viabilidade como programa didático-pedagógico. Trata-se de uma pesquisa teórico-bibliográfica com foco principal nas obras de Kardec. O Espiritismo traz ensinamentos sobre o homem, a natureza, a origem e o destino do mundo, as esferas material e espiritual, Deus e princípios religiosos cristãos, ditados pelos Espíritos por meio dos médiuns. Com ênfase no aspecto da educação moral, enfoca as pessoas como Espíritos imortais em constante evolução através das vidas sucessivas (reencarnações). O Espiritismo surgiu dentro de um amplo movimento espiritualista da época, que abrangia experiências em magnetismo e hipnotismo. Kardec declara ter realizado suas pesquisas pelos moldes da ciência positivista então predominante, com observações empíricas e experimentais, dentro do raciocínio indutivo-dedutivo, portanto, sob o terceiro estado do conhecimento proposto por Comte (teoria dos três estados). Como todo o conteúdo do Espiritismo foi ditado pelos Espíritos manifestantes, diz-se que é uma doutrina dos Espíritos e não de Allan Kardec. O Brasil, o maior país espírita do mundo, recepcionou o Espiritismo principalmente como religião, realizando ainda, de modo isolado, nos séculos XIX e XX, algumas experiências na área da educação escolar. Estas, produzidas por alguns espíritas mais dedicados, não lograram o efeito duradouro pretendido, tendo sido frustradas também pela falta de recursos financeiros e humanos. Hoje, alguns pensadores espíritas brasileiros tentam elaborar uma proposta educativa espírita, falando em Pedagogia Espírita. No entanto esses pensamentos, como estão expostos, parecem inviáveis, mormente em razão de proporem uma educação escolar humanista religiosa para o ensino público brasileiro, que é laico e passa por todo tipo de dificuldades, principalmente financeiras, tendo sua própria política direcionada pelo Ministério da Educação e Cultura. Além disso, o Espiritismo, em si, não aborda a educação escolar, mas sim a educação do Espírito, do homem individual, do ser imortal, cuja meta é, em vidas sucessivas, formar-se moralmente e atingir a perfeição, indo ao encontro de Deus. Portanto um projeto de Pedagogia Espírita para a rede escolar pública brasileira carece de estudos, análise, financiamento e principalmente de experiências práticas e concretas que venham a configurar o Espiritismo como uma práxis efetiva viável no âmbito didáticoescolar.