TRABALHO TEMPORÁRIO: BÓIAS-FRIAS NA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA NO MUNICÍPIO DE INHUMAS-GO.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Anesino Cardoso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2179
Resumo: A presente dissertação de mestrado visa explicitar as condições de trabalho em que se encontra os trabalhadores temporários bóias-frias na agroindústria canavieira no município de Inhumas no interior de Goiás. Processo esse de expropriação/ exploração-dominação e exclusão de milhares de trabalhadores canavieiros trabalhando por produção/metros, fato este também vivenciado pela família do autor, que foram migrantes de Santa Maria da Vitória da Bahia para Goiás, que será descrito ao longo dessa dissertação. Após revisões bibliográficas verifica-se que a inserção da tecnologia no setor canavieiro no contexto da lógica capitalista, não tem resultado em expressivas melhorias para os cortadores de cana, ao contrário, constatou-se a elevação da exploração dos trabalhadores, necessária para o aumento cada vez maior dos lucros. O resultado é o desemprego de grande número de trabalhadores e, portanto, a crescente precariedade do trabalho, ausentes das condições mínimas de vida, por ex., saúde, educação, segurança, habitação e trabalho diário, expressando assim, fome, violência e rebaixamento dos salários. Mesmo aqueles trabalhadores que conseguem permanecer no canavial restam-lhes o trabalho precarizado, afetando diretamente suas perspectivas no que diz respeito à melhoria na condição de vida, educação e forma de trabalho. O trabalhador canavieiro, após uma longa e exaustiva jornada de trabalho diária, não mais consegue encontrar condições físicas e mentais para freqüentar regularmente uma sala de aula, aqueles poucos que, com muito esforço buscam o estudo, não conseguem ir muito longe. O que se vê é contraditório na maioria das usinas, desenvolvimento sim, mas à custa dos cortadores de cana migrantes do norte e nordeste brasileiro que se encontram na Centroálcool, trabalhando por produção/metros na extração do mais valor.