Avaliação do Potencial Genotóxico e Mutagênico de Extratos Padronizados de Caesalpinia ferrea (jucá) e Brosimum gaudichaudii (inharé)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sousa, Maria José Batista de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Agrárias e Biológicas::Curso de Biologia Bacharelado
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Genética
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3718
Resumo: As espécies Brosimum gaudichaudii (família Moraceae) e Caesalpinia ferrea da família Fabaceae são amplamente distribuídas pelo território brasileiro e são consideradas plantas medicinais. O extrato das cascas de Brosimum gaudichaudii tem sido indicado para tratamento de mancha de pele e vitiligo. Por outro lado, o extrato dos frutos de Caesalpinia ferrea tem sido usado devido suas propriedades terapêuticas como ação antibacteriana, antiinflamatória e analgésica. A maioria dos fitoquímicos presentes nos extratos de plantas medicinais ainda não foram completamente estudados e podem ser tóxicos para a saúde humana e animal. Nesse sentido, é necessário estudos fitoquímicos qualitativos de metabólitos secundários e avaliação do potencial citotóxico, genotóxico e mutagênico dos extratos destas espécies. Nesse estudo, visando avaliar os efeitos mutagênico e/ou genotóxico, diferentes concentrações das soluções extrativas de B. gaudichaudii e C. ferrea foram avaliadas in vivo em Astyanax sp e em Allium cepa, e em ex vivo, pelo teste de micronúcleos em linfócitos T humanos. Os resultados observados das análises foram submetidos ao teste não paramétrico Kruskall-Wallis e posteriormente a regressão linear simples com nível de significância 5%. O teste em Allium cepa, teste de micronúcleo em linfócitos T humanos e em eritrócitos de Astyanax sp não indicaram potencial mutagênico e/ou genotóxico dos fitoconstituintes (p>0,05) quando comparado aos controles não expostos, exceto a concentração de 5g/L de B. gaudichaudii que apresentou citotoxicidade (p=0,038). Por outro lado, o ensaio cometa, revelou ação genotóxica para todas as concentrações avaliadas no parâmetro comprimento da cauda do cometa, para o parâmetro momento da cauda de Olive, apenas a concentração de 20mg/L do extrato de Caesalpinia ferrea mostrou-se genotóxica. Nenhum dos parâmetros avaliados evidenciou danos genéticos resultantes da exposição aos extratos das cascas do caule de B. gaudichaudii. Portanto, as células meristemáticas apicais das raízes de Allium cepa e os linfócitos T humanos não apresentaram alterações genotóxicas e/ou mutagênicas induzidas pela exposição a ambos extratos vegetais que pudesse ser detectadas pelos testes do micronúcleos ou redução do índice mitóticos. Enquanto, nos eritrócitos de Astyanax sp foi evidenciado ação genotóxica pelo parâmetro comprimento da cauda do cometa e momento de da cauda de Olive somente para o extrato de C. ferrea. Diante do exposto, há necessidade de ampliar os estudos para melhor compreensão das atividades genotóxicas e/ou mutagênicas dos extratos de B. gaudichaudii e C. ferrea visando o estabelecimento de doses mais seguras para o consumo humano.