FINALIDADES EDUCATIVAS ESCOLARES NA POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA E ORGANISMOS INTERNACIONAIS: A QUESTÃO DA QUALIDADE DE ENSINO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Milagre, Gessica Filgueiras
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3840
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo analisar as finalidades educativas escolares em documentos que definem políticas e diretrizes da educação nacional em suas ligações com orientações doutrinárias e estratégicas de organismos internacionais, principalmente o Banco Mundial e a Unesco, visando apreender seu impacto na qualidade social do ensino. O estudo consistiu de pesquisa bibliográfica com base em documentos produzidos pelo Banco Mundial e Unesco, e documentos oficiais do Ministério da Educação. As análises e conclusões foram em diversos autores como Dermeval Saviani, Gaudêncio Frigotto, José Carlos Libâneo, Yves Lenoir, Olinda Evangelista, Eneida Shiroma, Roberto Leher, António Nóvoa, José Gimeno Sacristan. No percurso da pesquisa, foram constatadas conexões entre as orientações dos organismos internacionais, o neoliberalismo e o movimento da globalização, e suas consequências na formulação de políticas educacionais, principalmente de países emergentes. Desse modo, a definição de finalidades educativas subordina-se ao processo de internacionalização de políticas educacionais no qual a educação encontra-se atrelada exclusivamente a interesses da economia e do mercado. O sentido de qualidade da educação prende-se, assim, aos critérios de eficácia do mercado globalizado. A partir da análise dos documentos e com o suporte de outras pesquisas sobre o tema, foi possível constatar que as políticas públicas para a educação têm o papel de possibilitar a inserção de populações socialmente vulneráveis ao mercado de trabalho. Para isso, instituem-se programas de redução da pobreza, um currículo de conhecimentos e habilidades baseado em resultados visando incorporação social das classes menos favorecidas. Desse modo, tais finalidades educativas, uma vez incorporadas nas políticas educacionais, no planejamento da educação escolar, nos currículos, nas formas de funcionamento das escolas e no trabalho dos professores, projetam um sentido utilitário de qualidade, restrito à satisfação de necessidades imediatas, distante do sentido de qualidade social e cultural visando a emancipação humana.