ESTUDO RETROSPECTIVO DO ESCORPIONISMO NO ESTADO DE GOIÁS (2003 – 2012)
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Médicas, Famacêuticas e Biomédicas::Curso de Biomedicina Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3547 |
Resumo: | Este estudo teve caráter descritivo e retrospectivo com o objetivo de obter um panorama dos casos de escorpionismo no Estado de Goiás entre 2003 e 2012, apresentando as possíveis variáveis que influenciaram nos acidentes. Os dados foram obtidos a partir da coleta de dados das fichas de notificação do Centro de Informações Toxicológicas de Goiás (CIT). Foi analisado um total de 6.046 casos de acidentes com escorpiões para o estado neste recorte temporal. Na distribuição mensal dos casos verificou-se pouca variação no número de acidentes. Em 71,65 % dos casos foram ocorridos em áreas urbanas e entre os gêneros foram quase que uniformemente distribuídos com a maioria dos acometimentos com o sexo masculino com 51,88%. A região da picada prevaleceu em mãos, pés e dedos, que juntos somam 72,83%. O tempo entre o acidente e a assistência médica no Estado de Goiás prevaleceu em sua maioria inferior a três horas. De todos os casos, de acordo com o quadro clínico, 72,42% foram classificados como leves. Com relação à evolução dos acidentes, 81,17% dos casos tiveram a cura como prognóstico. Quanto ao tratamento com soroterapia, 37% fizeram uso do soro equiparando com 38% que não utilizaram o soro como tratamento e em 25% não foi informado o modo de tratamento. Para o tratamento com soroterapia, utilizaram 2.237 ampolas de soro incluindo antiescorpiônico, antiaracnídico e antibotrópico. Em casos classificados como leves foram utilizados no mínimo uma ampola ao máximo de dez ampolas. Nos casos moderados de no mínimo uma ampola ao máximo de 15 ampolas e nos casos graves de no mínimo uma ampola ao máximo de 20 ampolas. Ao correlacionar os dados disponibilizados pelo SINAN e os dados coletados nas fichas de notificação do CIT, houve uma discrepância de quantidade de casos em todos os anos nos dois Sistemas de Informação. Com relação à pluviosidade, a média de acidentes apresenta uma discreta relação com os meses chuvosos. Não houve uma relação direta entre os meses com temperaturas mais elevadas e o aumento do número de registros do acidente. A soroterapia revelou sérios problemas decorrentes da falta de classificação dos casos, e em consequência um uso excessivo de ampolas do SAE. Como pode ser enfatizado pelo uso exagerado de ampolas de soro, haja vista, que a maioria dos casos foi de agravo leve. A equiparação de casos nos dois gêneros e nas áreas de maior aglomerado urbano é altamente sugestiva da relação do escorpionismo com o processo de domiciliação. A diferença de dados entre SINAN e CIT sugere que existe uma falha na comunicação entre os dois sistemas. |