Educação e empoderamento: histórias de resistência de mulheres kalunga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Sonilda Aparecida de Fátima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4710
Resumo: Ao lutar pelo acesso às políticas sociais e aos seus direitos, as mulheres da Comunidade quilombola, denominada de Kalunga, localizada na Chapada dos Veadeiros, no estado de Goiás, se deparam com uma série de aparatos da modernidade que regulamentam as relações sociais, as condutas pessoais e o mundo do trabalho. Assim, o objetivo desta investigação consiste em conhecer e analisar as lutas dessas mulheres, investigando o processo de construção de seu empoderamento, considerando suas histórias de vida, suas dificuldades e suas conquistas, na tentativa de responder às minhas problematizações: as mulheres, mesmo subjugadas pelo patriarcado conseguem se destacar, se empoderar e mostrar ao seu povo os seus direitos garantidos em leis? As políticas públicas educacionais, de gênero, de raça/etnia e de formação de professores têm contribuído para o empoderamento dessas mulheres? Esta pesquisa classifica-se como uma pesquisa bibliográfica qualitativa e exploratória, por meio da história oral, pautada no materialismo-histórico-dialético, tendo em vista o interesse de aprofundar conhecimentos em torno das políticas públicas de gênero, raça/etnia e de formação de professores. Minayo (2001) afirma que a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, dessa forma utilizei como instrumento de pesquisa entrevistas semiestruturadas e um questionário com questões abertas e fechadas para melhor conhecer as histórias de formação das professoras de Teresina de Goiás. O campo empírico compreendeu mulheres kalunga originárias do sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural dos Kalunga, sendo no município de Monte Alegre de Goiás (duas), Cavalcante (três) e Teresina de Goiás (dezoito). O recorte temporal abrange os anos de 2018 a 2021, período da coleta de dados empíricos por meio da observação direta, entrevistas semiestruturadas, registros das narrativas dos sujeitos da pesquisa e em 2021, para concluir a pesquisa utilizei o Google meeting e o WhatsApp. Os resultados indicam que mesmo sendo partícipes de uma cultura patriarcal em que a dominação masculina se encontra arraigada, algumas mulheres kalunga conseguem se empoderar, especialmente por meio do acesso à educação. Tal empoderamento possibilita a ocupação dos espaços de poder político, porém, cabe destacar que não pode ser uma luta só dessas mulheres aqui apontadas como mulheres empoderadas, mas uma luta de todos e de todas, para que assim, possam alcançar mais benefícios para as comunidades kalunga e, principalmente, contribuir para minimizar as desigualdades sociais, socioescolares, de gênero e raça/etnia