OBESIDADE INFANTIL: PREVALÊNCIA, HÁBITOS DE VIDA, ALTERAÇÕES METABÓLICAS E QUALIDADE DE VIDA EM ESCOLARES DO PONTAL DO ARAGUAIA - MT.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Juliani, Sidnei
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2943
Resumo: A obesidade é classificada como doença crônica não transmissível, assim como as doenças cardiovasculares, diabetes e neoplasias, e devido às lesões precoces de aterosclerose a criança obesa tem maior possibilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, metabólicas ou neoplásicas, quando adulto. Além de todos os problemas relacionados à parte física, a obesidade pode prejudicar a qualidade de vida da criança, em razão das discriminações e estigmatizações sociais que a criança obesa pode sofrer, levando-a a ter problemas sociais, psicológicos e comportamentais. Este trabalho teve como objetivos verificar o perfil nutricional e os hábitos de vida de escolares obesos, a partir de uma amostra 125 crianças de 7 a 12 anos de uma escola pública municipal do município de Pontal do Araguaia - MT; verificar as possíveis alterações bioquímicas, precursoras de alterações metabólicas em crianças obesas e a relação dessas alterações com o sexo, submetidas aos exames de colesterol total, triglicérides, HDL colesterol, glicemia, ácido úrico e insulina. E finalmente, analisar comparativamente a qualidade de vida do grupo de crianças classificadas como obesas, com um grupo de eutróficas selecionadas a partir da mesma amostra de 125 crianças; utilizando-se como instrumento a Escala de AUQEI (Autoquestionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé). Os resultados mostraram que 18% estavam com obesidade, 12% com sobrepeso, 64,5% com peso normal e 5,5% com déficit de peso, também verificou-se a presença de certos hábitos não saudáveis que podem estar contribuindo com a obesidade, como por exemplo: ter alguém na família com sobrepeso (75%), comer guloseimas entre as principais refeições (60%) e fazer as principais refeições na sala, assistindo televisão (60%). Foram identificadas alterações bioquímicas em pelo menos dois parâmetros analisados em 40% dos obesos. O metabólito que mais se alterou foi o colesterol total, aumentado em 50% dos obesos, além de ser constatado que vários metabólitos estavam mais comprometidos nos meninos do que nas meninas, com diferença significativa (p<0,05). As alterações verificadas em boa parte das crianças obesas sugerem certa propensão delas em apresentar síndrome metabólica. Verificou-se que as crianças eutróficas têm melhor qualidade de vida, apresentando escore médio de 52.55, enquanto o grupo de obesos apresentou escore médio de 47,50, que é uma diferença estatisticamente significativa (p=0,024), além disso, a qualidade de vida das crianças obesas encontra-se prejudicada, pois apresentou escore abaixo da nota de corte 48. Após os vários estudos realizados, concluímos que as alterações metabólicas e a qualidade de vida estão prejudicadas no grupo de obesos, além da prevalência de obesidade infantil na amostra estudada ser semelhante ao de outras regiões do país e de ser constatada a presença de hábitos não saudáveis nas crianças obesas que podem influenciar na obesidade. Verificouse assim com esse estudo a complexidade e a gravidade da questão da obesidade infantil. Dessa forma, sugere-se que sejam feitos esforços, em nível nacional, principalmente na prevenção e também no tratamento, por meio da implantação de políticas públicas na área de saúde pública e educação, visando diminuir o impacto negativo que a obesidade provoca na criança, comprometendo sua saúde física e emocional.