A obesidade e o singular do sofrimento: um estudo de caso na relação mãe-filha
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/2038 |
Resumo: | O presente trabalho buscou compreender a constituição da subjetividade e do sofrimento psíquico associado à obesidade. O eixo principal da entrevista foi sobre a obesidade, mas para Ruth o eixo central da sua história foi a sua relação com mãe que se inscreve na cena psicopatológica. Nesse sentido tentou-se resgatar a função pathica do termo obesidade, através da perspectiva clínica tendo como referencial a psicanálise e a psicopatologia fundamental, em que se tentou resgatar a paixão, a passividade e o sofrimento do sujeito. A pesquisa foi do tipo clínico, que inspirada no método de Freud, no qual se buscou compreender a demanda subjetiva da entrevistada. Esse sofrimento permanece na fase adulta, pois Ruth identifica-se com a mãe para se tornar mulher, e então o corpo reaparece como palco da dor, e a obesidade parece ser uma forma de fazer espelho do corpo materno, que não é sentido como respondendo à demanda de amor. A experiência humana de Ruth é fecundada em torno da falta de amor, falta de cuidado que gera sofrimento e que remete ao desejo de ter sido filha, amada e cuidada por essa mãe. Pois, para ser mulher é necessário ter sido filha, ter tido uma referência, pois não se pode ser aquilo, que não sabe o que é, ou que nunca se teve. A falta de referência de amor e de feminilidade parecem marcadas no corpo; pode-se pensar no feminino barrado e na dificuldade em se fazer mulher (Campos, 2000). |