RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: SUBJETIVIDADE E OBJETIVIDADE NA SALA DE AULA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Souza, Elizabeth Cristina Landi de Lima e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3904
Resumo: Este trabalho objetiva compreender os mecanismos objetivos e subjetivos utilizados por professores e alunos ao se relacionarem em sala de aula. Tem como aporte teórico o conceito de transferência, que permite compreender a relação professor-aluno para além das manifestações imediatas e aparentes e considera que a escola, especificamente a sala de aula, não é apenas espaço de aquisição de conhecimento sistematizado, mas também de construção de valores, da afetividade, da racionalidade, da subjetividade, da identidade do aluno e do professor. Foram observadas duas salas de aula de 2ª série do ensino fundamental, em duas escolas particulares de classe média-alta, situadas em Goiânia. Num primeiro momento, são apresentadas as duas salas de aula, delimitando suas semelhanças e diferenças metodológicas, e discute-se o conceito de transferência como fundamento teórico necessário à compreensão da relação professor-aluno. Em seguida é apresentado o jogo de sedução vivido em função das necessidades e demandas subjetivas dos alunos e da professora. A sedução se objetiva na aprovação dada pela professora aos alunos que correspondem ao ideal traçado por ela e na adequação dos alunos a este ideal. Num terceiro momento, o trabalho analisa o uso do poder, pela professora, para desaprovar condutas inadequadas dos alunos e a manifestação da indisciplina dos alunos que se opõem ao modelo idealizado. A disciplinarização exercida pela professora objetiva controlar os alunos e apresentar-lhes normas e regras a serem seguidas, numa tentativa de moralização. Um último aspecto analisado é a relação de competição estabelecida entre os alunos, que competem para afirmar a diferença existente entre eles, também em relação à professora. Como conclusão, evidencia-se que as motivações subjetivas, inconscientes, estão presentes na relação pedagógica e constituem a subjetividade do aluno.