A EDUCAÇÃO LITERÁRIA E O ESTRANHO.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/691 |
Resumo: | A partir da experiência em sala de aula de Ensino Médio como professor de Literatura, esta tese surge como estudo de reflexão teórica sobre o lugar do texto literário e os modos de sua abordagem pela escola. Através da leitura e análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais de 1989, 2002 e 2006, foi possível compreender a tendência dos documentos oficiais em integrar a Literatura aos estudos de linguagem, o que desencadeou uma série de problemas e incoerências para o ensino de Literatura no Ensino Médio brasileiro. Dentre várias questões, a ausência do texto literário em sala de aula foi analisada e, por ser impensável se ensinar Literatura com esta ausência, esta tese discorre sobre duas perspectivas teóricas: uma formalista e outra fenomenológica, para se discutir a necessidade e urgência de se estudar Literatura pelo e através da leitura do texto literário dentro e fora da sala de aula. Assim, após uma introdução geral sobre o problema, apresento a ideia de estranhamento como posta pelos formalistas russos, mais precisamente por Chklovski. A escolha deste fenômeno se dá pela impossibilidade de se perceber o estranhamento literário sem a leitura do texto. Nesse sentido, a segunda parte desta tese é construída com base nos estudos de Gaston Bachelard sobre a imagem poética. Numa perspectiva fenomenológica, o filósofo mostra a urgência do confronto entre o leitor e o texto literário, num sentido de ruptura e percepção de uma transgressão que permite a criação de novas imagens ou de novas metáforas. Por essa razão, a terceira parte desta tese discute os documentos nacionais que regularizam e compõem as diretrizes do ensino de Literatura no Ensino Médio no Brasil. Os pressupostos teóricos postos nos capítulos anteriores veiculam esse debate e, por ele, defendo o ensino pelo estranhamento, no sentido de ser urgente a leitura do texto literário nas aulas de Literatura. A proposta aqui feita, certamente, não pretende trazer respostas a um problema do ensino nacional, mas possibilita abrir espaços para se discutir e se estudar, com mais veemência, o estudo do texto literário. |