DETECÇÃO E GENOTIPAGEM DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) EM MULHERES HIV-POSITIVAS E EM CONTROLES DE GOIÂNIA-GO
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Genética |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/2428 |
Resumo: | A infecção genital pelo Papilomavírus Humano (HPV) é considerada a doença sexualmente transmissível mais frequente em todo o mundo, representando importante problema de saúde pública devido à sua estreita associação com o câncer cervical. Estima-se que 75% da população sexualmente ativa entre em contato com um ou mais tipos de HPV durante a vida e uma prevalência bastante elevada é observada em mulheres jovens. Estudos epidemiológicos mostram que mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) apresentam maior prevalência de infecção pelo HPV e maior associação com múltiplos genótipos de HPV, comparadas às mulheres HIV-negativas. O objetivo deste trabalho foi comparar a prevalência das infecções pelo HPV e seus possíveis fatores de risco entre mulheres HIV-positivas e HIVnegativas, na cidade de Goiânia-GO. A detecção do genoma viral utilizou a reação em cadeia da polimerase (PCR), com primers genéricos GP5+/GP6+ e primers específicos para a genotipagem do HPV-16 e HPV-18. O estudo envolveu uma população de 60 mulheres soropositivas para o HIV, assistidas pelo CADA (Centro de Apoio ao Doente com AIDS) e 60 mulheres soronegativas selecionadas durante a Semana de Cultura e Cidadania da Universidade Católica de Goiás em junho de 2007. Todas as pacientes foram informadas sobre o estudo e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A estatística descritiva com suas respectivas frequências foi realizada para as variáveis relativas às características sóciodemográficas, comportamentais e clínico-patológicas das amostras obtidas. O teste do quiquadrado com correção de Yates foi usado para avaliar as possíveis diferenças entre os aspectos sócio-demográficos, comportamentais e clínico-patológicos, no grupo de mulheres HIV-positivas e HIV-negativas. Para investigar as possíveis associações entre os fatores selecionados e a infecção por HPV realizou-se análise univariada, pelo teste do qui-quadrado com correção de Yates. Os dois grupos se mostraram semelhantes com relação às características sócio-demográficas e comportamentais, porém, diferenças significativas foram observadas entre o estado civil, a renda familiar, a escolaridade, o número de parceiros sexuais, a história de prostituição e o tabagismo. A prevalência de infecção pelo HPV foi de 64,3% nas mulheres HIV-positivas e de 35,7% nas mulheres HIV-negativas. O HPV-16 foi o tipo mais prevalente em ambos os grupos, correspondendo a 67,5% das HIV-positivas e 32,5% das HIV-negativas (p<0,05) [OR = 2,5; IC 95% (1,148-5,531)]. Dentre as mulheres que apresentaram NIC I, todas eram HIV-positivas e dentre as que apresentaram NIC II/NICIII, 85,7% eram HIV-positivas comparadas a 14,3% nas mulheres HIV-negativas. A combinação entre os genótipos do HPV-16 e do HPV- 18 esteve presente em 72,2% das mulheres HIVpositivas, e em 27,8% das mulheres HIV-negativas. Nosso estudo demonstrou uma maior prevalência da infecção pelo HPV nas mulheres infectadas pelo HIV. O HPV-16 foi o genótipo viral mais comum em ambos os grupos, entretanto, infecções concomitantes com o HPV-16 e HPV-18 foram significativamente mais prevalentes nas mulheres infectadas pelo HIV. Nossos resultados permitem inferir que a infecção pelo HIV representa um fator de risco significativo para a infecção pelo HPV. |