ASPECTOS BIOLÓGICOS NA AVALIAÇÃO DOS ACIDENTES CAUSADOS POR COBRAS CORAIS NO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Pessoa, Anita de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2913
Resumo: Os acidentes por animais peçonhentos têm grande importância médico sanitária no país. No Brasil ocorre uma média anual de 24.000 acidentes com serpentes peçonhentas, desses, 1% com o gênero Micrurus, representado pelas cobras corais verdadeiras. Neste trabalho foram avaliados os aspectos biológicos dos acidentes causados por cobras corais no Brasil, incluindo aspectos relacionados com o município e região brasileira, sexo e faixa etária dos acidentados, tempo decorrido entre o acidente e o atendimento, diversidade biológica e toxinológica. Foram analisadas as informações de 787 notificações disponíveis no sistema eletrônico do SINAN, no período de 2007 a 2010. De acordo com os dados, 691 pacientes foram liberados totalmente curados, três vieram a óbito, e 93 não há informação. A maioria dos acidentes foram registrados na região Nordeste do país (52%). O intervalo de zero a três horas entre acidente e atendimento, prevalece em alta para todas as regiões, o que contribui para um resultado satisfatório do tratamento. Os casos clínicos disponíveis na literatura mostram que o envenenamento elapídico pode apresentar sintomatologia ou não, porém a administração do soro antielapídico é recomendada em todos os casos, pois todos são considerados graves. Das 27 espécies de cobras corais descritas para o Brasil, 20 ocorrem na região norte, dentre elas, não se conhece o veneno de 13 espécies. A longo prazo esse pode ser um problema diante do pool de imunização para a produção de soro, que é composto por somente três espécies. O estudo da biologia e história natural desse grupo é importante para facilitar a manutenção desses animais em cativeiro. É necessário também, a avaliação do pool antigênico para verificar a eficácia do antiveneno para todas as espécies.