AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE HEMOGLOBINOPATIAS E TALASSEMIAS EM GOIÁS: MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Reis, Paulo Roberto de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2987
Resumo: As anemias hereditárias, em especial as hemoglobinopatias e talassemias, são as mais comuns das alterações genéticas humanas e sua freqüência na população brasileira é muito variável, dependendo dos grupos raciais formadores de cada região. O povoamento de Goiás inicia-se logo após seu descobrimento em 1726, motivado pela procura de ouro. Assim, vieram os portugueses e os escravos negros para esse fim. Neste contexto, foi favorecida a mestiçagem entre eles. Considerando que esses povos apresentam genes para as hemoglobinas anormais com freqüências variadas é esperado o encontro dessas anomalias na nossa população. O objetivo desse trabalho foi o de avaliar a prevalência das hemoglobinopatias e talassemia na população de Goiás. Para isso foram estudadas 404 amostras de sangue de alunos de diversos cursos da Universidade Católica de Goiás, oriundos de 55 cidades do estado de Goiás. Foram utilizadas testes laboratoriais não moleculares, levando em consideração os fatores históricos e demográficos da população. A freqüência das alterações da hemoglobina foi de 10,1%, encontradas em 41 pacientes. Dessas alterações a mais prevalente foi a talassemia alfa, encontrada em 21 pacientes, correspondendo a uma freqüência de 5,2% da população estudada. A segunda alteração mais freqüente foi o heterozigoto para a hemoglobina S, encontrada em 9 pacientes, correspondendo a 2,2% da população. A terceira alteração foi o heterozigoto para a hemoglobina C, encontrada em 4 pacientes, correspondendo a 1,0%. Beta talassemia menor, encontrada em 3 pacientes, correspondendo a 0,7% dos casos. As demais alterações encontradas foram: Associação talassemia alfa e heterozigoto para falcemia 0,5%, associação talassemia alfa e heterozigoto para hemoglobina C 0,3% e heterozigoto para hemoglobina D 0,3%. Nenhum caso de homozigose foi encontrado no presente estudo. Este trabalho demonstra a necessidade de programas com maior abrangência na população para estudo da epidemiologia das hemoglobinopatias e talassemias no estado de Goiás.