Avaliação dos níveis basais de mercúrio na área de influência da UHE JIRAU – rio Madeira / Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Guimaraes, Eder Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3129
Resumo: O ciclo hidrobiogeoquímico do mercúrio contempla as fontes naturais e antrópicas do metal, bem como os processos bióticos e abióticos que ocorrem nos distintos reservatórios e que determinam o transporte e fixação das formas metálicas em algum receptor final. O processo de metilação do mercúrio tem merecido especial atenção em reservatórios naturais e artificiais na região Amazônica devido a elevada toxicidade do metilmercúrio para os seres humanos e animais, devido a bioacumulação e biomagnificação na cadeia alimentar aquática. O presente estudo trata da avaliação dos níveis basais de mercúrio total e metilmercúrio em compartimentos bióticos e abiótico da bacia do rio Mutum Paraná na área de influência da UHE Jirau na bacia hidrográfica do rio Madeira. Os valores de mercúrio total nas amostras de água foram inferiores a 6,5 ng L-1, sendo aproximadamente 150 vezes menores que os valores preconizados pelo Ministério a Saúde para o consumo humano, e os níveis de metilmercúrio foram inferiores a 0,3 ng L-1. Os teores de mercúrio total no sedimento de fundo apresentaram valores nas faixas de 170+47 a 294+88 μg Kg-1 enquanto que os teores de metilmercúrio na faixa de 0,84+0,25 a 1,40+0,35 μg Kg-1, estando a fração de mercúrio orgânico no sedimento em aproximadamente 0,45% do estoque de mercúrio total. Os teores de mercúrio total no plâncton e invertebrados apresentaram valores nas faixas de 143+24 a 277+25 μg Kg-1 e 191+25 a 323+45 μg Kg-1 respectivamente, enquanto que os teores de metilmercúrio na faixa de 4,41+1,22 a 9,76+0,67 μg Kg-1 e 16,74+2,57 a 23,99+2,34 μg Kg-1 respectivamente, evidenciando a tendência do processo de acumulação nos níveis inferiores da cadeia eutrófica. As amostras de ictiofauna de relevante consumo na população tradicional da região de estudo apresentaram valores de mercúrio total na faixa de 0,06+0,19 a 0,12+0,04 mg Kg-1 para os espécimes herbívoras e onívoras e 0,28+0,5 a 0,42+0,1 mg Kg-1 para as espécimes carnívoras evidenciando o processo de bioacumulação e biomagnificação na ictiofauna. Os valores dos níveis das espécies de mercúrio total e metilmercúrio nas amostras abióticas e bióticas não evidenciaram pontos de contaminação difusa.