PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA EXECUÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS): IMPACTO AMBIENTAL E RISCOS OCUPACIONAIS
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/2879 |
Resumo: | Introdução: Os resíduos hospitalares são contaminantes, nocivos à saúde humana e agressivos ao meio ambiente. O gerenciamento dos resíduos gerados nos serviços de saúde, desde o momento de sua geração até a destinação final, é regido pela Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Todo gerador de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) deve elaborar um Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) baseado nas características de tais resíduos e em sua classificação. Deve implantar e fiscalizar internamente as tarefas necessárias para o cumprimento da norma legal. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo descrever o modo como os profissionais de enfermagem do Hospital das Clínicas de Goiânia se posicionam em relação ao processamento dos resíduos. Método: Trata-se de um estudo descritivo exploratório, qualitativo. As respostas de 17 profissionais da área de enfermagem a um questionário foram analisadas de acordo com os princípios da Grounded Theory. Resultados: Constatou-se que os participantes mostram-se mais conscientes do impacto da execução do PGRSS sobre o meio ambiente (água, solo e biodiversidade) do que sobre a saúde humana. Os profissionais não demonstram ter uma visão clara sobre as contribuições do PGRSS para a saúde da população em geral, nem para a segurança e saúde dos próprios trabalhadores. Além disso, poucos participantes consideram os impactos econômicos e sociais do destino final inadequado destes resíduos. A falta de conhecimento detalhada do plano é notória. Em geral, queixam-se da falta de informação, da capacitação deficitária e da insuficiência das ações por parte da gestão do hospital. A carência de recursos materiais (cujo suprimento é de responsabilidade da instituição) também foi mencionada como uma razão para o não cumprimento das etapas necessárias ao processamento dos resíduos. Certos profissionais não estão envolvidos com a questão resíduos-saúde, pois afirmam que esta não é priorizada pelos gestores, o que resulta em um trabalho fracionado e desintegrado. Apesar de todos os problemas, o profissional percebe que pode contribuir individualmente por meio do descarte correto de certos resíduos, como os perfurocortantes. Além disso, os valores morais e éticos do próprio profissional são retratados em suas atitudes e em sua convivência. As atitudes de membros de um turno influenciam nas dos outros, tanto no sentido negativo quanto no positivo. A abordagem dos resíduos já está presente nos currículos recentes, contudo profissionais formados há mais tempo precisam se capacitar por meio de diferentes cursos. Conclusão: Há ainda um longo caminho a percorrer para se chegar ao pleno envolvimento dos profissionais no PGRSS. O plano é percebido principalmente como um sistema que beneficia um meio ambiente distante da realidade do profissional. Recomenda-se, portanto, que os gestores esclareçam a importância que o hospital atribui ao plano e reforcem essa visão relacionando-a com uma preocupação explícita com a saúde do profissional. Além disso, sugerese a divulgação de novas ideias entre os profissionais que se formaram há mais tempo e o monitoramento de atitudes existentes entre os profissionais, de modo que aqueles motivados sintam-se respaldados pela instituição. |