O PACIENTE TABAGISTA NO CONTEXTO AMBULATORIAL: UM ESTUDO DESCRITIVO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Oliveira, Adriana Regina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1949
Resumo: O objetivo do presente estudo foi identificar as possíveis categorias funcionais dos relatos verbais dos pacientes tabagistas sobre suas dificuldades em abandonar o uso do cigarro em um contexto ambulatorial. Procurou-se também identificar as categorias funcionais da atuação do médico no sentido de fornecer as informações necessárias ao paciente sobre os malefícios do cigarro. Para tal optou-se por uma metodologia descritiva através da observação direta de comportamentos registrados em vídeo para identificar as possíveis categorias comportamentais presentes no momento da consulta médica. Participaram deste estudo três médicos e nove pacientes provenientes do ambulatório de um hospital particular, sendo três pacientes de cada médico participante. As consultas foram registradas em vídeo, após autorização por escrito, dos médicos e pacientes participantes. Após a obtenção do registro em vídeo, todas as sessões foram transcritas. De posse das transcrições e após várias leituras destas, procedeu-se a identificação das categorias verbais e nãoverbais dos pacientes tabagistas sobre o comportamento de fumar, bem como as categorias verbais referentes à atuação dos médicos em relação a tais pacientes. Foram selecionadas sete categorias em relação às ações verbais e 18 das ações nãoverbais dos pacientes, também cinco categorias referentes às ações verbais dos médicos. Posteriormente algumas categorias foram divididas em subcategorias. Os resultados indicaram uma alta freqüência de falas dos pacientes tabagistas indicativas de sintomas e doenças, dentre outras. Os resultados demonstraram que os pacientes tabagistas relataram aos médicos seus estados emocionais negativos como justificativa para continuar fazendo uso do tabaco. Os dados mostram ainda que os médicos praticamente não informaram aos pacientes sobre tratamentos antitabagismo, bem como não os incentivaram a abandonar o vício. Os dados foram discutidos em relação à extrema importância da atuação médica no sentido de informar, aconselhar ou incentivar seus pacientes sobre tratamentos antitabagismo, sendo que estas ações poderão contribuir no sentido de melhorar a saúde e a qualidade de vida de muitas pessoas. Contudo é previsível que a maioria dos pacientes quer abandonar o cigarro, mas não consegue como demonstrou os dados do presente estudo.