Avaliação da qualidade de vida em pacientes com malignidades hematológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Diniz, Giovanna Bassi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Médicas e da Vida
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/5034
Resumo: As malignidades hematológicas formam um grupo heterogêneo de cânceres que afetam o sangue, a medula óssea e o sistema linfático. O objetivo foi avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde em um grupo de pacientes com malignidades hematológicas em um serviço privado de quimioterapia de Goiânia-GO. Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa. O grupo de estudo foi formado por pacientes selecionados em um serviço privado de Hematologia e Oncologia, em Goiânia-GO. Os instrumentos utilizados para a coleta dos dados foram um questionário contendo dados clínicos e sociodemográficos e o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire Core (EORTC QLQ-C30), desenvolvido e validado para pacientes com câncer hematológico no Brasil. A amostra foi composta por 56 pacientes, sendo 50% de idosos, 53,6% do sexo masculino, 30,4% com diagnóstico de Mieloma Múltiplo e 39,3% faziam quimioterapia há mais de um ano. Os principais sintomas durante o tratamento foram fraqueza (58,9%), boca seca (39,3%), constipação intestinal (33,9%) e dor ou desconforto (33,9%) e as principais preocupações foram com o estado de saúde (58,9%), preocupação com família e amigos (50,0%) e efeitos colaterais do tratamento (44,6 %). Pacientes do sexo feminino apresentaram mais náuseas e vômito comparados (p<0,01), pacientes com LMC, LH, LMA apresentaram pior desempenho da função cognitiva (p=0,02), pacientes com maior tempo de tratamento com quimioterapia apresentaram maior dificuldade financeira (p=0,04). A análise de correlação evidenciou que quanto maior o número de sintomas, pior é a QV em relação às dimensões física (p=0,01) e desempenho (p=0,01) da escala funcional. Quanto maior o número de preocupações no tratamento, pior é a QV em relação às dimensões cognitivo (p=0,01) e social (p=0,02) também da escala funcional. Quanto maior o número de sintomas no tratamento, maiores são os sintomas de fadiga (p=0,01), dor (p=0,04), dispneia (p=0,01) e perda de apetite (p=0,01). Quanto maior o número de preocupações no tratamento, maiores são os sintomas de fadiga (p=0,04) e de constipação (p=0,01). Espera-se que este estudo sirva como ponto de partida para pesquisas futuras sobre QVRS em pacientes oncológicos e que seus resultados possam contribuir no planejamento de melhores condições de tratamento aos pacientes com malignidades hematológicas