CRENÇA NA JUSTIÇA SOCIAL E ADMIRAÇÃO PELAS CELEBRIDADES: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Lemes, Lila Maria Spadoni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1998
Resumo: Este estudo pretende investigar as atitudes como representações sociais, segundo propõe Doise (2002), buscando investigar as ancoragens das atitudes no sistema de crenças. Mais especificamente pretendemos investigar as atitudes das pessoas em relação às celebridades do entretenimento, e temos a hipótese de que essas atitudes podem estar ancoradas na crença num mundo justo (Lerner, 1975) e na crença na mobilidade social (Tajfel, 1982). A nossa hipótese é que, no Brasil, as celebridades são exemplos de ascensão social que se relacionam com a crença de que recebemos aquilo que merecemos. Cem participantes foram escolhidos aleatoriamente no principal aeroporto do estado de Goiás, e outros cem participantes foram escolhidos aleatoriamente em dois terminais rodoviários do mesmo estado, durante o mês de agosto de 2004. Os resultados indicam que a crença na mobilidade social através do esforço individual se relaciona com as atitudes positivas em relação às celebridades. A alta crença num mundo justo, por sua vez, funciona como moderador entre as atitudes individuais em relação às celebridades e a crença na mobilidade social. Esses resultados são analisados como as novas roupagens da antiga premissa de que a má qualidade de ensino do Brasil serve a propósitos políticos e ideológicos de manutenção do status quo . À medida que a convivência com a desigualdade social vem se tornando mais premente, os mecanismos ideológicos vão se aprimorando e se tornando cada vez mais sutis.