ANÁLISE MOLECULAR DO GENE DO RECEPTOR DE ANDRÓGENOS EM HOMENS COM SUSPEITA DE INFERTILIDADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Melo, Caroline Oliveira Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Genética
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2338
Resumo: Andrógeno é um termo genérico geralmente utilizado para descrever um grupo de hormônios esteroides sexuais. Os andrógenos são produzidos no homem primariamente pelos testículos. No entanto, algumas pequenas quantidades são também produzidas pelos ovários nas mulheres e pelas glândulas adrenais, em ambos os sexos. Os andrógenos são responsáveis pela diferenciação sexual masculina durante a embriogênese na 6ª ou 7ª semana de gestação, desencadeando o desenvolvimento dos testículos e pênis em fetos masculinos e é dirigido pelo fator determinante testicular, o gene SRY (região determinante do sexo no cromossomo Y), localizado no braço curto do cromossomo Y. A diferenciação da genitália externa masculina em pênis, escroto e uretra peniana ocorre entre a 9ª e 13ª semana de gravidez e requer concentração adequada de testosterona e a conversão para um outro andrógeno mais potente, a dihidrotestosterona (DHT), através da ação da 5 α- redutase em tecidos alvos. As ações da testosterona e DHT requerem a presença dos receptores androgênicos funcionais. O gene AR é uma proteína codificada para o gene localizado no Xq11.2-q12. Ele abrange mais de 90 kb e codifica pra a proteína que funciona como um hormônio esteroide que ativa o fator de transcrição. O AR, como outros membros da superfamília de receptores nucleares, tem três domínios principais: o AR é caracterizado por uma estrutura modular consistindo de quatro domínios funcionais: o domínio N-terminal (NTD), um domínio de ligação ao DNA (DBD), a região de dobradiça, e um domínio de ligação ao ligante (LBD). Mutações no gene AR causam a Síndrome de Insensibilidade aos Andrógens ligada ao cromossomo X (AIS) caracterizada pela insensibilidade androgênica, que afeta o desenvolvimento sexual adequado tanto na embriogênese quanto na puberdade. Como uma desordem genética, o AIS apresenta um problema e um fardo para as pessoas afetadas e suas famílias e um grande desafio médico para os provedores de saúde. Essa resposta prejudicada aos andrógenos resulta na incapacidade ou redução da capacidade do receptor de andrógeno (AR) de transativar os genes responsivos aos andrógenos em células alvo, e leva à diferenciação e desenvolvimento anormais da genitália masculina interna e externa, e assim, levando ao pseudohermafroditismo masculino.