JESUS DE NAZARÉ E A TRIBUTAÇÃO ROMANA: EMPOBRECIMENTO, ENDIVIDAMENTO E O IMPACTO NO AMBIENTE DOS CAMPONESES A PARTIR DE MARCOS 12,13-17

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Hamilton Castro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Teologia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3910
Resumo: Esta dissertação foi realizada com o objetivo de apresentar o ambiente sóciohistórico da Palestina no século I, no qual viveu Jesus de Nazaré, a fim de perceber seus impactos nas práxis de Jesus, especificamente em relação à tributação romana. Observaremos as elites dominantes, representadas pelo Império Romano, pela família de Herodes e pelos sumos sacerdotes do Templo em Jerusalém. Estas elites, mediante um sistema de patronagem, exerciam forte dominação econômica por meio de uma alta carga tributária sobre os camponeses. Com isto, produziam, dentro do ambiente do campesinato, grande endividamento, perda das propriedades e desestruturação da família. A pesquisa procurou demonstrar que Jesus histórico é o resultado e uma proposta de solução para uma situação de exploração econômica nas aldeias rurais e vilas da Palestina no século I. A dissertação procura apresentar a reação de Jesus de Nazaré aos impostos romanos, analisando a perícope de Marcos 12,13-17, especificamente o dito de Jesus no v.17, que afirma: “Devolvei a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. A pesquisa mostra que este dito indica que Jesus assumiu uma postura crítica em relação ao pagamento de impostos aos romanos, em favor da remoção das moedas do Império Romano das terras de Israel. A pesquisa apresenta que a atitude do Jesus histórico contra os impostos romanos é motivada por um zelo nacionalista e escriturístico, fundamentado na afirmação bíblica em Levítico 25,23: “ A terra [Israel] é minha: diz o Senhor”. Dessa maneira, Jesus de Nazaré, orientado por este zelo nacionalista, apresenta uma proposta ética pautada nas tradições bíblicas e na apocalíptica, confrontando o controle tirano e o abuso de poder por parte do Império Romano, ou seja: A ética de apresentar uma práxis de opção pelos pequenos, ultrapassando os regimes de opressão e tirania.