A FÉ PROFESSADA: ANÁLISE EXEGÉTICA DE JO 9,7B-38

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pires, Dionivaldo Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Teologia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3541
Resumo: A presente pesquisa se propõe a inquirir exegeticamente a fé professada em Jo 9,7b-38. Objetiva-se demonstrar que, a partir do itinerário percorrido pela figura tipológica do ex-cego, narrado em Jo 9,7b-38, a comunidade constrói inteligente e ousadamente seu protagonismo e sua história, sendo fonte de inspiração e resposta alternativa frente à Sinagoga que interroga, intima, intimida e expulsa (9,18.22.34). O estudo, a partir de um viés hermenêutico, apresenta a situação e a realidade do primeiro século na qual viveu a comunidade joanina, pontuando sua trajetória existencial. Reflete sobre o uso e semântica do termo os Judeus, destacando qual a identidade e função que o mesmo assume. Iniciando pela semântica dos verbos e palavras chave da perícope, busca-se responder a uma polêmica com os Judeus. Procura-se analisar exegeticamente o processo judiciário que o ex-cego é submetido e sua profissão de fé e como se desenvolve seu protagonismo, tornando assim, a narrativa uma resposta literária ao momento histórico. A pesquisa pretende ressaltar as consequências da confissão/protagonismo do ex-cego. De um lado, a expulsão; do outro, a incriminação forçou a gestação gradual da identidade da comunidade e a construção de sua confissão cristológica por meio dos títulos importantes proclamados pelo ex-cego: no início é apenas um homem chamado Jesus (9,11), mas não só; em seguida um profeta (9,17) e, enfim, o Filho do Homem (9,35). Finalmente, o protagonismo do ex-cego se torna sinônimo de fé professada e, portanto, paradigma profético, inspirador e promotor de alternativas justamente porque prefere ser expulso da Sinagoga para continuar sendo fiel à comunidade.