Desempenho cognitivo de pessoas com acidente vascular encefálico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Leão, Karina Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1878
Resumo: Estudos recentes revelam a alta frequência de indivíduos acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) e as disfunções cognitivas que se apresentam em consequência. Esta dissertação buscou avaliar as disfunções cognitivas derivadas da vivência de um AVE e, de forma mais específica, avaliar o desempenho cognitivo de pessoas acometidas por AVE em virtude do hemisfério lesionado e da artéria afetada. A dissertação está dividida em duas partes. Em um primeiro momento, foi realizada uma revisão teórica sobre as alterações neuropsicológicas em indivíduos com AVE, com o objetivo de compreender as relações entre áreas cerebrais e desempenho cognitivo desses indivíduos. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico nas principais bases de dados sobre esse tema, com o objetivo de descrever os aspectos teóricos relacionados à Neurociência, o AVE e as decorrentes disfunções cognitivas mediante avaliação neuropsicológica. Verificou-se que, em referência à descrição etiológica, identificação dos tipos e a estruturas anatômicas alteradas, existe uma ampla literatura, porém, em relação a disfunções cognitivas e áreas cerebrais específicas há uma escassez de publicação na área da neuropsicologia. As pesquisas apontam que é de mais fundamental relevância estudos que se proponham a evidenciar cada vez mais as dificuldades cognitivas em pessoas acometidas com uma doença tão frequente na sociedade. Na parte 2, foi realizado um estudo empírico, com o objetivo de avaliar o desempenho cognitivo segundo hemisfério e artéria afetada em diferentes testes neuropsicológicos. Participaram da pesquisa 30 pacientes com diagnóstico médico de AVE, na faixa etária entre 24 e 60 anos. De acordo com os dados, observouse diferença significativa quanto ao hemisfério lesionado nas habilidades de alternância, span auditivo, visuoconstrução, fluência verbal léxica e semântica e compreensão verbal. No que se refere às artérias afetadas, foram encontradas diferenças significativas nas atividades de atenção seletiva, abstração, nomeação, fluência verbal fonética, compreensão verbal, praxia visuoconstrutiva e reconhecimento do processo mnemônico. O presente estudo, além de proporcionar a compreensão de alterações neuropsicológicas e cognitivas dos pacientes lesionados pelo AVE, pode auxiliar o desenvolvimento de baterias de avaliação neuropsicológica para pessoas acometidas por essa doença, bem como estratégias de reabilitação, conforme possibilidades de disfunções cognitivas na região comprometida após a ocorrência do AVE. De maneira geral, as duas partes da dissertação contribuem para a ampliação teórica sobre as disfunções cognitivas de pacientes acometidos por AVE e, consequentemente, para identificação desses comprometimentos, podendo assim auxiliar o atendimento a pacientes com essa enfermidade.