Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bordim, Meiry Helen Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campina
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17282
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Resumo: |
Nas últimas décadas, os fragmentos florestais vêm sofrendo diversas pressões antrópicas que colocam em risco sua existência. Levando em consideração a relevância das infraestruturas verdes, para as presentes e futuras gerações, torna-se de suma importância preservá-los. No município de Campinas - SP existem diversos fragmentos florestais relevantes, entre eles a Mata Ribeirão Cachoeira, localizada dentro da Unidade de Conservação Área de Preservação Ambiental (APA) de Campinas, área rica em biodiversidade e que assim como as demais, necessita de estudos que visem sua preservação e conservação. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi identificar influencias antrópicas e como estas interagem na área de borda do fragmento florestal Mata Ribeirão Cachoeira, utilizando o modelo Pressão-Estado-Impacto-Resposta (PEIR). Para isso foram selecionados e coletados parâmetros que viabilizaram a avaliação dos quatro itens da metodologia (PEIR). O elemento pressão (P) foi avaliado por meio do mapeamento do uso e ocupação, população e do sistema viário no entorno da Mata. O elemento estado (E) foi analisado por meio da coleta in loco de parâmetros referentes ao solo, água, microclima e vegetação. Já os impactos (I) foram listados e ponderados utilizando-se de uma matriz de interação, chegando-se em uma classificação final de cada um dos impactos. Para avaliar as respostas (R), realizou-se um levantamento bibliográfico de instrumentos que representam de alguma forma um posicionamento frente às demandas da área e da população. Entre os resultados obtidos, ressaltou-se: (a) as pressões derivadas da ocupação antrópica e das áreas de pasto, assim como das vias paralelas ao fragmento; (b) o estado da água do Ribeirão Cachoeira ficou enquadrado pelo IQA na categoria boa, apesar da presença de Escherichia coli e do baixo volume de água; sobre o estado do solo nas bordas da Mata, os resultados dos macronutrientes e da granulometria mostraram-se satisfatórios; os dados de microclima e do índice de área foliar nas áreas de borda evidenciaram a influencia positiva da vegetação, apesar do efeito de borda; (c) entre os impactos negativos cabe destacar a ausência de Área de Preservação Permanente (APP) em algumas nascentes e seu represamento, o baixo volume de água no Ribeirão, a especulação imobiliária, a circulação de pessoas e veículos; (d) das respostas levantadas, a maioria ainda se resumem à ações paliativas, visto a morosidade dos processos envolvidos, sendo necessário incrementar as ações para assegurar a preservação do fragmento. Por fim, conclui-se que o fragmento florestal em estudo encontra-se pressionado por diversas influencias antrópicas ao seu redor e que estas por sua vez interferiram nas condições da água, do solo, da vegetação e do microclima. Os impactos ambientais benéficos e adversos listados, são resultados justamente dessas ações humanas no meio ambiente, atingindo tanto o solo, a água, a fauna, a flora como também o meio sócio-cultural. As respostas demonstraram serem em geral insuficientes frente à vulnerabilidade da Mata, sendo fundamental a criação da Unidade de Conservação de Proteção Integral Refúgio da Vida Silvestre Mata Ribeirão Cachoeira, pois isto daria mais instrumentos legais para sua preservação. |