A Caminhabilidade como possibilidade para a sustentabilidade urbana: um estudo sobre Campinas – SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Martini, Alice de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15225
Resumo: A Caminhabilidade designa uma opção consciente pelo deslocamento a pé. Essa escolha propicia ao caminhante o desenvolvimento de interações sociais e a vivência do lugar, duas condições essenciais para a formação dos laços de comunidade. A comunidade, por sua vez, é um elemento chave para se alcançar a sustentabilidade urbana, entendida como a busca pelo bem comum e pela justiça socioambiental. Em uma análise mais ampla, a sustentabilidade pode ser entendida como um contraponto ao sistema econômico vigente. O desafio, portanto, é o de conceber a cidade, dotada de contradições e de desigualdades, como palco da sustentabilidade. As desigualdades socioespaciais são o resultado da organização do espaço urbano, orientada, historicamente, pelos interesses econômicos ante aos socioambientais. Tal organização diferencia, propositalmente, os territórios em centro e periferia econômica, numa relação dialética desigual e combinada. O estudo analisou dois recortes urbanos da cidade de Campinas, um na área central, e outro na periferia geográfica e econômica. As condições de Caminhabilidade foram observadas empiricamente e serviram como base para analisar como a infraestrutura urbana pode interferir na interação social. O cotejamento centro-periferia permitiu ampliar a análise e entender como a disposição da cidade 3D (dispersa, distante e desconectada) impacta a sustentabilidade urbana. As informações da pesquisa de campo confirmaram que a desigualdade centro-periferia persiste na cidade de Campinas e que a população de maior renda tende à autossegregação em casas e condomínios fechados por medo da insegurança urbana e também pela mixofobia, fator que compromete a Caminhabilidade e a possibilidade da criação do pertencimento ao lugar.