Considerações sobre a drenagem urbana: o caso das inundações em Campinas (2016-2018)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ignácio, Camila Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16270
Resumo: Contabilizadas como um terço de todos os desastres naturais mundiais (SMITH, 1992), as inundações fazem parte de um processo natural, podendo ter suas consequências intensificadas por ações antrópicas, como urbanização, falta de planejamento urbano e ocupações em áreas de risco - condição que pode ser vista em grandes centros urbanos do Brasil. A presente pesquisa tem como área de estudo Campinas-SP e, como objetivo, analisar os pontos de inundação desse município, avaliando sua distribuição no padrão de ocupação socioespacial da cidade. Para tanto, foram utilizadas informações do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (CEPAGRI) e, a partir disso, observou-se, através da mídia digital, os locais sobre os quais houve registros de consequências dos eventos de precipitação. Assim, percebeu-se que os fenômenos naturais afetam mais dramaticamente os grupos sociais menos favorecidos. Porém, bairros de todos os extratos sociais têm sido afetados, ou seja, toda a população está exposta ao risco, mesmo que em diferentes magnitudes. Dessa forma, as inundações colocam-se como aspecto relevante para as políticas públicas do município. Por conta disso, a pesquisa também se debruçou sobre os Planos Diretores, o Caderno de Subsídios e o Plano de Saneamento de Recursos Hídricos de Campinas, assim como sobre os programas executados pela Prefeitura que visam à diminuição das inundações em Campinas. Notou-se, a partir dessas leituras, que muitos pontos críticos abordados nos documentos oficiais são pontos reincidentes, mas gestão após gestão o problema não é solucionado. Questões de natureza climática não são abordadas nos Planos Oficiais de maneira direta, há apenas observações implícitas sobre a ocorrência de chuvas, deixando de mencionar a intensidade das inundações quando há referências a elas. No entanto, alguns aspectos relacionados às inundações aparecem com certa frequência nos Planos Oficiais analisados, associados a áreas verdes, impermeabilização do solo, ocupação em áreas de risco, remoção e reassentamento de famílias e política habitacional.