Sentidos partilhados nas interações em sala de aula: missão, trabalho, tramas e dramas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Machado, Elisana Marta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15633
Resumo: Esta pesquisa versa sobre os sentidos engendrados nas interações como favorecedores ou não do processo ensino-aprendizagem. Seu locus é a sala de aula, entendida como espaço em que se sintetizam elementos de sentido e significação procedentes de outras instâncias das experiências sociais de seus protagonistas, em um trânsito permanente de diferentes sentidos atuais dos sujeitos e dos próprios cenários educativos. Seu objetivo é descrever e analisar as interações em sala de aula, entender a relação entre as interações empreendidas pelos alunos e professores e o processo de ensino-aprendizagem, bem como compreender de que forma as histórias singulares dos sujeitos participam de seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. O método utilizado insere-se no paradigma da pesquisa qualitativa, e constitui-se da narração de cenas do cotidiano de duas salas de aula do Ensino Fundamental, construídas a partir de observações e gravações em áudio. A análise foi elaborada a partir do levantamento de indicadores dos sentidos partilhados nas interações, derivando agrupamentos que chamamos de núcleos de sentidos partilhados, com base no enfoque teórico de González Rey para o estudo da subjetividade. Tal enfoque constituiu-se enquanto sustentação para as interpretações formuladas ao longo da análise, que desvelou uma trama em que as singularidades de professores e alunos emergem imbricadas e partilham sentidos. Na conclusão, são destacados elementos interpretados como mais significativos dos sentidos partilhados nos dois momentos empíricos da pesquisa, que conduziram à nossa compreensão da relação entre os sentidos, o desenvolvimento e aprendizagem. É possível dizer que os sentidos engendrados nas interações podem ser entendidos como mais favorecedores ou não da aprendizagem e do desenvolvimento a depender da maneira pela qual professores e alunos insurgem como sujeitos singulares. Tal maneira parece estar intimamente atrelada às possibilidades de significação desses sujeitos e às suas formas de enfrentamento dos obstáculos que se interpõem nas diferentes modalidades de interação lida das professoras com seus alunos, mediada pela tarefa; lida dos alunos com a tarefa, mediada pelas professoras; e lida dos sujeitos com os demais atores em sala de aula.