Psicologia e luta de classes no Brasil: uma análise histórica da inflexão política da psicologia comunitária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Baima, Larissa Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15579
Resumo: Este trabalho busca empreender uma análise histórica de estratégias políticas presentes na trajetória da psicologia comunitária no Brasil. Tomamos como problema inicial o que se poderia definir como a presença da emancipação política como estratégia política hegemônica no campo, expresso sobretudo na presença das categorias da cidadania, da participação social, da ampliação da democracia, etc., como referências na concepção de transformação social em suas produções. Desta observação inicial, buscou-se entender como essa posição se generalizou no campo, ou seja, como esta posição se tornou sua estratégia política hegemônica. Assim é que se pôde verificar que, ao longo de sua trajetória histórica no Brasil, a psicologia comunitária operou uma inflexão política que, analisada do ponto de vista da emancipação humana, pode ser qualificada como uma inflexão política de caráter conservador, um recuo político. Buscando apreender os fundamentos sociomateriais desse processo inflexivo, chegou-se a alguns nexos histórico-sociais desse movimento da psicologia comunitária com o processo histórico brasileiro e suas lutas de classes nas últimas quatro décadas. Conclui-se que a inflexão política da psicologia comunitária no Brasil é expressão de um ajuste conservador que corresponde ao deslocamento político operado pelas principais organizações da classe trabalhadora brasileira em resposta à entrada do país em um novo modelo de acumulação do capital e às novas configurações políticas pós-redemocratização.