Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gesueli, Fábio Gonzaga |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/14866
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Resumo: |
O objetivo de nossa dissertação é estudar o movimento que Michel Foucault inicia a partir de 1978, no curso Segurança, território, população, e em 1980, no curso Do governo dos vivos, realizando uma operação genealógica que o leva até os escritos do cristianismo primitivo. O pensador se debruça sobre as práticas estabelecidas no modelo de pastorado cristão e no modelo de vida monástica de caráter cenobítico. Podemos dizer que tal movimento de análise dos textos cristãos dos primeiros séculos de nossa era são motivados pelas seguintes questões: como efetuar, e se possível com máxima eficiência, um governo das condutas dos homens? Como os homens, no Ocidente, foram levados a governarem a si mesmos, mas, também, a serem governados pelos outros? O objetivo de Foucault nesses cursos será analisar as formas de governo estabelecidas pelas formulações do pensamento do cristão primitivo, observando as práticas de condução de condutas aplicadas sobre os homens. É sobre essa problemática que nossa dissertação repousa, a saber, as formas de governo dos homens no modelo do pastorado cristão e da vida monástica. Para isso, trilharemos o seguinte caminho: em 1978, em Segurança, território, população, Foucault nos apresenta uma análise das artes de governar desenvolvidas a partir do século XVI. Ao apresentar tais tecnologias de governo, o filósofo introduz em sua análise o conceito de governamentalidade, operacionalizando uma reflexão em relação as práticas de governo e as formas de condução dos homens. Já em 1980, em Do governo dos vivos, Foucault mantém suas análises no escopo da governamentalidade, mas agora com uma novidade em relação ao curso de 1978, a saber, o governo dos homens pela verdade. Segundo Foucault, o homem ocidental foi levado a produzir uma verdade de si mesmo. Tal verdade e tal dinâmica de produção dessa verdade é elucidada pela ideia de regimes de verdade. Tais regimes são responsáveis pela subjetivação de um sujeito que se configura como sujeito confessante, a partir de práticas que objetivam a produção de um discurso da verdade sobre si mesmo. |