Pedir ajuda: uma estratégia de aprendizagem pelo olhar de crianças de cinco e seis anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Dal'Ava, Luciana Rodrigues Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17264
Resumo: A investigação faz parte da Linha de Pesquisa Formação de Professores e Práticas Pedagógica, no âmbito dos estudos do Grupo de Pesquisa Formação e Trabalho Docente e insere-se na perspectiva social cognitiva, com ênfase na aprendizagem autorregulada em crianças pequenas. Nessa teoria, os estudos indicam que o uso de estratégias de aprendizagem desde a Educação Infantil (etapa da educação básica que atende crianças de zero a cinco anos) facilitam o conhecimento condicional de como e onde aplicar as estratégias aprendidas. A estratégia de pedir ajuda pode ser uma alternativa importante para que a criança resolva algum problema e continue envolvida e motivada na atividade. Diante desse cenário, o problema de pesquisa que apresentamos consiste em compreender como a estratégia de pedir ajuda é percebida pelas crianças de cinco e seis anos. Tivemos por objetivo analisar o que crianças dessa faixa etária pensam a respeito da estratégia de pedir ajuda em uma escola pública de Educação Infantil. Tratou-se de um estudo de caso que envolveu 55 crianças e cinco professores de um Centro de Educação Infantil público da cidade de Campinas (São Paulo), em cinco turmas multietárias. Os professores participaram de uma formação inicial composta por três etapas de 100 minutos para que pudessem conhecer mais sobre o conceito de autorregulação da aprendizagem e prepararem momentos de contação de história com foco na estratégia de pedir ajuda. A produção do material empírico envolveu os procedimentos: a) encontros formativos com as professoras com a intenção de aproximá-las do conceito de autorregulação da aprendizagem e da estratégia de pedir ajuda; b) entrevistas semiestruturadas com as crianças com questões que tenham como foco a estratégia de pedir ajuda; c) acompanhamento dos momentos de contação de histórias. A análise do material empírico demonstrou que as crianças não percebem a estratégia de pedir ajuda como uma estratégia para aprendizagem, mas mostrou a importância da formação de professores para a promoção de competências autorregulatórias e as histórias infantis como possíveis disparadoras do tema em sala de aula para incentivar os primeiros passos das crianças voltados para a metacognição. Como resultado, entendemos que este estudo tem potencial para contribuir com mais discussões na área da autorregulação da aprendizagem com as crianças pequenas, em especial na população brasileira, percebendo a estratégia de pedir ajuda como uma estratégia de aprendizagem relevante e possível de ser trabalhada em contextos escolares. Consideramos, ainda, a especial importância da formação de professores como propulsor de mudanças dentro da escola.