Toda nuvem principia num talvez

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Bonani, André Amarante
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: PUC-Campinas
• Palavras-chave em Português: Nuvem; Talvez; Ensaio; Imagem de pensamento; Articulação; Materialização; Poéticas visuais
• Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15175

Toda nuvem principia num talvez é uma pesquisa que se debruça sobre os deslocamentos conceituais, formais e materiais próprios do desenvolvimento de uma poética artística. Tal qual as nuvens que povoam o espaço do céu, a prática e o pensar sobre a prática em Artes configuram uma série ininterrupta de transformações guiadas pela maneira como a passagem do tempo interfere nas escolhas de um artista, o que se manifesta pela aderência deste a diferentes conceitos, técnicas, operações, formas e materialidades. É sobre essas transformações e provisoriedades que esta pesquisa procura se deter em seu esforço reflexivo. Para tanto, adere a certas ferramentas de trabalho que carregam em comum entre si o cultivo de um alargamento do pensar em desdobramentos livres. A primeira delas é a noção de ensaio enquanto um modo maleável, literário e orgânico de se operar e produzir o pensamento, seja por meio da linguagem verbal, seja por meio da linguagem visual. A segunda delas é a ideia de imagem de pensamento enquanto um sistema provisório de relações e conexões visíveis que procura formalizar no plano os procedimentos adotados pela prática do artista para, assim, melhor compreendê-los. A terceira delas, por fim, é a soma das noções de articulação e materialização enquanto operações responsáveis por traduzir no trabalho plástico os movimentos da pesquisa que o fundamenta. Trata-se, pois, de uma tentativa global de elucidar as motivações e movimentos que guiam certas escolhas manifestadas por uma profusão de gestos produtores do artista.