Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Damame, Desirée Baldin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15101
|
Resumo: |
O município de Campinas/SP inicialmente coberto por florestas, cerrados e campos cerrados teve, ao longo das últimas décadas, sua cobertura vegetal original suprimida e fragmentada, a princípio pela expansão da agricultura, seguida pelo forte desenvolvimento urbano e industrial, o que promoveu profundas alterações no uso e ocupação do solo do município. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo analisar a vulnerabilidade ambiental e as relações entre propriedades físicas e químicas do solo e o uso e ocupação em áreas permeáveis das Sub Bacias do Rio das Pedras e Baixo Anhumas, permitindo ampliar a discussão sobre os impactos da expansão urbana e a diminuição das áreas vegetadas/permeáveis, sobre a qualidade do solo nos diferentes usos, além de mensurar a vulnerabilidade ambiental das Sub Bacias. A área de estudo localiza-se a noroeste do município de Campinas/SP, tendo como área total 42 km², onde 29 km² pertencem a Sub Bacia do Rio das Pedras e outros 13 km² à Sub Bacia do Baixo Anhumas. Para tanto, foram realizadas amostragens de solo em 37 pontos localizados nas áreas permeáveis das Sub Bacias, sendo posteriormente realizadas 28 diferentes análises físico-químicas do solo, além da análise espacial do uso e ocupação nas Sub Bacias no ano de 2014. Por meio da sobreposição de mapas, e contando com históricos de mapas de tipo de solo, declividade e uso e ocupação nas bacias, pôde-se obter a vulnerabilidade ambiental da área para os anos de 1962, 1972, 2009 e 2014. Com isso, foi possível observar que no período analisado, houve uma queda nas áreas de baixa vulnerabilidade (42%), seguida de um aumento nas classes de vulnerabilidade moderada (34%) e de alta vulnerabilidade (7%) indicando que praticamente metade da área, tornou-se moderada e altamente vulnerável nos últimos 52 anos. Pela análise dos atributos físicos e químicos, foi possível verificar que grande parte destes apontam para uma fragilização dos ecossistemas, estando muitos atributos, como por exemplo, a resistência mecânica a penetração, a porosidade total do solo, a capacidade de torça de cátions (CTC) e o teor de matéria orgânica, abaixo dos índices adequados para o desenvolvimento e estabelecimento das espécies vegetais e também vulneráveis à ação dos processos erosivos. Sendo assim, de modo geral, concluiu-se que o crescimento urbano causou impacto direto na vulnerabilidade ambiental das Bacias hidrográficas estudadas. Assim, pode-se verificar, que ocupação urbana além promover a impermeabilização do solo, afeta diretamente os parâmetros físico-químicos do solo e a possível interação entre os fragmentos florestais. A compactação avaliada pela densidade do solo, porosidade e resistência mecânica à penetração das áreas indicou uma dificuldade para o desenvolvimento radicular potencial, além de, modificar a disponibilidade de água e nutrientes para as plantas. Sendo possível concluir, portanto, que a ocupação urbana impactou as Sub Bacias estudadas em relação aos seus atributos físicos e químicos do solo, ocasionando dificuldade para o estabelecimento das plantas e provável impossibilidade de regeneração natural na área. |