A experiência de estagiários de fisioterapia no relacionamento com pacientes ambulatoriais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sousa, Nadini Brandão de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15989
Resumo: Inspirada no modelo biomédico de saúde, a prática da fisioterapia possui características específicas no que se refere ao atendimento aos pacientes do ponto de vista psicológico. O contato físico e a frequência das sessões acarretam o desenvolvimento de um relacionamento interpessoal que esta pesquisa objetivou apreender fenomenologicamente a partir da experiência de alunos de uma faculdade de Fisioterapia. Foram realizados encontros individuais com oito graduandos que cursavam o sétimo, nono e décimo períodos do Curso com foco em suas atividades como estagiários no ambulatório de uma clínica universitária. Após cada um desses encontros, a pesquisadora construiu uma narrativa a partir de sua compreensão sobre os significados da experiência para o participante. Após concluir esta fase, elaborou uma narrativa-síntese contendo o conjunto de significados relatados pelos participantes a fim de interpretar o sentido da experiência como tal. Este processo de análise possibilitou concluir que os alunos empenham-se em oferecer um tratamento que inclua, além das técnicas, atitudes de respeito, cordialidade e acolhimento. Desenvolvem uma visão do paciente como pessoa e não apenas como caso clínico, embora tenham sido treinados para um desempenho técnico. Por outro lado, sentem-se angustiados ao se perceberem envolvidos emocionalmente, a despeito da intenção inicial de manterem uma postura estritamente profissional. Atender pessoas que apresentam problemas neurológicos, em especial aqueles que implicam progressiva degeneração, é significado pelos participantes como pouco gratificante, em função da impossibilidade de recuperação dos movimentos e da dificuldade de comunicação verbal. Consideram que os atendimentos possibilitam uma aprendizagem necessária e importante que promove amadurecimento psicológico com potencial transformador, tanto para a vida pessoal quanto profissional.