Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada de Autorrelato para Adolescentes (EDAO-AR-AD): adaptação e validade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Khater, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15724
Resumo: Um grande desafio enfrentado atualmente nas relações humanas refere-se à questão da instantaneidade, à produção e circulação ininterrupta de informações e transformações. Conformes com esta dinâmica, os adolescentes têm apresentado mudanças aceleradas em seus modos de ser e de existir, no modo de se comportar com o outro, com a família e com o mundo. A qualidade da adaptação de um adolescente pode ser determinante no sucesso ou não com que enfrenta as situações cotidianas. A possibilidade de avaliação da eficácia da adaptação conseguida pelo adolescente pode ser de grande valia no atendimento psicológico, na medida em que fornece um quadro geral do funcionamento da personalidade e de seus recursos para fazer face às vicissitudes e desafios da vida. A proposta de uma teoria da adaptação a partir da qual a qualidade da adaptação do sujeito é avaliada em quatro setores da personalidade (afetivo-relacional/A-R, produtividade/Pr, sociocultural/SC e orgânico/Or) deu origem a uma escala identificada como Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (EDAO), baseada em material proveniente de entrevista clínica, e que já se mostrou precisa e válida. Na prática profissional e em situações de pesquisa, nem sempre é possível realizar entrevistas clínicas. Uma versão de autorrelato (EDAO-AR) foi desenvolvida para avaliar adultos atendidos em clínicas comunitárias. No entanto, os adolescentes enfrentam situações específicas, nem sempre contempladas pelos itens da escala. O presente estudo teve como objetivo a adaptação da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (EDAO-AR) para Adolescentes e obtenção de evidências de validade e de precisão deste instrumento. Foram elaborados itens condizentes com a realidade enfrentada por adolescentes e outros adaptados da EDAO-AR. Os itens foram submetidos à análise de especialistas e de adolescentes para originar a primeira versão da EDAO-AR-AD, composta por uma escala para a avaliação da qualidade da adaptação do setor A-R e outra para a avaliação da Pr. Esta versão foi aplicada em 482 adolescentes entre 14 e 18 anos de ambos os sexos (271 M e 204 F). Foram realizadas análises da consistência interna, análise fatorial exploratória e análise fatorial confirmatória. A Escala Afetivo Relacional ficou com 20 itens divididos em três fatores ( foco no outro , foco na relação e foco no eu respectivamente) e a da Produtividade com 17 itens distribuídos em dois fatores ( foco no eu e foco na situação ). Ambas detém boa consistência interna (α=0,72 e α=0,83). A análise fatorial confirmatória sugere novos itens para o terceiro fator da Escala Afetivo Relacional e corrobora o modelo desenhado para a escala da Produtividade.