Convivência na escola: uma análise das interações nos terceiros anos do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Luz, Ana Flávia Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15902
Resumo: Este estudo toma como fundamentos teóricos e metodológicos os pressupostos da Psicologia Histórico-Cultural, que tem Vigotski como seu principal representante, e cujas bases se assentam no materialismo histórico-dialético. Assume como objetivo analisar as interações entre alunos e professores, visando identificar como elas se configuram, e em que medida se constituem como favorecedoras da aprendizagem e do desenvolvimento dos alunos. Para tal, realizamos uma pesquisa-intervenção junto a docentes e alunos de três turmas do terceiros anos do Ensino Fundamental, de uma escola pública municipal, numa cidade do interior do estado de São Paulo; turmas de aproximadamente trinta alunos, em sua maioria com nove anos de idade. A pesquisadora se inseriu em cada sala de aula semanalmente, de agosto a dezembro de 2012. Utilizou-se da contação e produção de histórias como espaço de intervenção, em que foi possível conviver com as turmas e observar as interações estabelecidas entre os alunos, com as professoras e com a pesquisadora. Quando a atividade se voltou à produção de histórias pelos alunos, nos deparamos com textos que expressam o não domínio da escrita e, em alguns casos, a não apropriação dessa forma de expressão. Como resultados constatamos que as práticas escolares, no que concerne às interações, têm como base a vigilância dos alunos exercida pelas professoras, resultando em tentativas e investimento para controlar o comportamento dos alunos. Esta ação das docentes assume prevalência nas práticas que desenvolvem, não favorecendo, portanto, o desenvolvimento da autorregulação pelos alunos e produzindo o esvaziamento de sentidos sobre o ensinar e o aprender.