Chuteiras novas para pés descalços: imaginário coletivo de jovens futebolistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Kopanakis, Annie Rangel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16584
Resumo: O presente estudo tem como objetivo investigar o imaginário coletivo de jovens meninos, em processo de formação futebolística, sobre a vida do jogador de futebol. Justifica-se como produção de conhecimento relevante para o acompanhamento psicológico daqueles que, fazendo parte da população masculina da classe subalternizada, em transição para a vida adulta, inseremse em categorias de formação do futebol. Adotando a perspectiva da psicologia psicanalítica concreta, foram considerados dois tipos de materiais de pesquisa: 1) 22 desenhos-estórias produzidos durante uma sessão de atendimento grupal e 2) uma narrativa transferencial elaborada pela pesquisadora. Numa primeira fase, ambos os materiais foram considerados à luz do método psicanalítico, com vistas a produzir interpretativamente campos de sentido emocional ou inconscientes intersubjetivos. Na segunda fase, os mesmos materiais foram considerados à luz de uma leitura crítica, dialeticamente informada, da realidade social. Como um todo, o trabalho metodológico permitiu a produção interpretativa de quatro campos de sentido afetivo-emocional, denominados: “Trabalho dos sonhos”, “Superando a pobreza”, “Esforço individual como chave do sucesso” e “Coisa de homem” e de quatro campos ambientais denominados: “Embuste meritocrático”, “Trabalho como esforço humano”, “Capitalismo cisheteropatriarcal” e “Esfera ontológica socio-humana”. O quadro geral indica que o imaginário dos participantes tanto contém o reconhecimento do potencial transformador inerente ao trabalho humano, que se alinha com a busca de realização dos próprios sonhos, como se deixa contaminar por imposturas meritocráticas e cisheteropatriarcais, que contribuem para a geração de dissociações e de sofrimentos sociais.